Edgar Allan Poe é um dos maiores ícones da literatura gótica e do terror. Suas obras influenciaram muitos autores da época e ainda são consideradas referências até os dias de hoje. Com uma escrita sombria e enigmática, Poe soube revolucionar o gênero literário ao trazer elementos como a psicologia e o sobrenatural para suas histórias.
Neste artigo, apresentaremos uma seleção dos melhores livros de Edgar Allan Poe. Desde clássicos como "O Corvo" e "A Queda da Casa de Usher", até obras menos conhecidas como "William Wilson" e "O Barril de Amontillado". Prepare-se para uma imersão no mundo assombrado e intrigante do mestre do terror.
Indice
Os 5 melhores livros de Edgar Allan Poe: 🥇 dicas de leitura
Autor: Poe Allan - Editor: Pandorga Editora - ASIN: 6555791179
O Corvo e outras histórias é uma coletânea de contos escrita por Allan Poe, um mestre do suspense e da literatura gótica. Cada conto é uma obra-prima em si mesma, explorando os temas sombrios da loucura, morte e o desconhecido. A narrativa envolvente e a escrita poética de Poe fazem com que o leitor seja transportado para um mundo de terror e fascínio. Os contos, incluindo o famoso O Corvo, são cheios de reviravoltas e jogos mentais, mantendo a atenção do leitor do início ao fim. Esta obra é uma leitura obrigatória para os amantes de literatura e para aqueles que apreciam uma boa dose de mistério e suspense.
Autor: Edgar Poe - Editor: Pandorga Editora - ASIN: 8584423680
O livro "Edgar Allan Poe 3 Livros com marcadores e pôster: Box Obras de Edgar Allan Poe: Volume 2", do autor Edgar Poe, é uma coleção imperdível para os amantes do suspense e do terror. A sua narrativa sombria e envolvente cativa o leitor desde a primeira página, transportando-o para um mundo macabro e cheio de mistérios.
Ao longo das páginas, somos apresentados a contos intrigantes e perturbadores, como "O Gato Preto" e "A Queda do Solar de Usher", que exploram a psicologia humana de forma única e pertinente. A escrita de Poe é brilhante e sua habilidade em criar atmosferas assustadoras é inigualável.
Além disso, o livro conta com marcadores e um pôster, adicionando um toque especial à experiência de leitura. Recomendo esta coleção a todos que apreciam um bom suspense e desejam se aventurar no mundo sombrio de Edgar Allan Poe.
Autor: Allan Edgar - Editor: DarkSide - ASIN: 8594540248
Edgar Allan Poe. Medo Clássico é uma obra brilhante que destaca a maestria do autor Allan Edgar. Com sua escrita cativante, Poe nos mergulha em um mundo de terror e suspense, despertando em nós um medo profundo e fascinante. Suas histórias são repletas de elementos macabros e obscuridade, capazes de envolver o leitor do início ao fim.
A habilidade de Poe em criar atmosferas sombrias e perturbadoras é surpreendente, permeando cada página com tensão e mistério. Os personagens complexos e suas mentes atormentadas nos conduzem por tramas intricadas, cheias de reviravoltas sinistras. O modo como o autor explora os medos e angústias humanas é fascinante, revelando as profundezas da psique humana.
Além disso, Edgar Allan Poe. Medo Clássico apresenta uma variedade de contos envolventes e singulares, como "O Corvo" e "A Queda da Casa de Usher". Cada história é uma obra-prima em si, demonstrando o talento inegável do autor para criar narrativas inesquecíveis. Este livro é um verdadeiro tesouro para os amantes do gênero de terror e, sem dúvida, uma leitura indispensável para todos que apreciam a literatura de qualidade.
Recomendo fortemente Edgar Allan Poe. Medo Clássico a todos que desejam mergulhar em um universo sombrio e inquietante, regido por um mestre da escrita. Prepare-se para ser arrebatado por uma enxurrada de emoções, medo e suspense enquanto percorre as páginas deste livro extraordinário.
Autor: Edgar Poe - Editor: Pandorga Editora - ASIN: B09MJNHJBC
O livro "Obras de Edgar Allan Poe 1 - Histórias Extraordinárias" é uma coleção incrível dos contos mais famosos desse autor icônico. A escrita de Poe é arrebatadora, mergulhando o leitor em histórias obscuras e macabras repletas de personagens complexos e enredos intrincados.
Cada conto é uma viagem a um mundo sombrio e perturbador, onde o sobrenatural e o grotesco se entrelaçam de forma fascinante. A atmosfera construída por Poe é inigualável, deixando uma sensação permanente de tensão e mistério.
A edição do livro é de excelente qualidade, com uma tradução impecável que preserva a essência da escrita original de Poe. Além disso, a seleção de contos é cuidadosamente escolhida, abrangendo desde os mais conhecidos, como "O Gato Preto" e "A Queda da Casa de Usher", até os menos famosos, mas igualmente brilhantes.
Para os fãs de literatura gótica e do estilo único de Edgar Allan Poe, "Obras de Edgar Allan Poe 1 - Histórias Extraordinárias" é uma leitura obrigatória. Sem dúvidas, um livro que irá te envolver e te hipnotizar do início ao fim.
Autor: Edgar Poe - Editor: Companhia das Letras - ASIN: 8535930035
A obra "Histórias extraordinárias", do autor Edgar Allan Poe, é simplesmente magnífica. Neste livro, somos levados a um mundo sombrio e fascinante, repleto de suspense e mistério. Poe é mestre em criar histórias que mexem com a nossa imaginação e nos levam a refletir sobre a natureza humana e seus medos mais profundos.
Seus contos, como "O Gato Preto", "O Barril de Amontillado" e "A Queda da Casa de Usher", são verdadeiras obras-primas que nos envolvem desde a primeira linha. A narrativa envolvente e os personagens intrigantes são características marcantes do estilo do autor, que nos mantém presos em suas páginas até o desfecho surpreendente.
Além disso, a linguagem utilizada por Poe é rica em detalhes e descrições, tornando cada cena visualmente vívida e intensa. O autor consegue criar atmosferas sinistras e claustrofóbicas, onde o leitor se sente imerso na angústia e na tensão dos personagens.
Em suma, "Histórias extraordinárias" é uma leitura indispensável para os amantes do gênero de terror e suspense. Edgar Allan Poe demonstra sua autoridade e competência ao nos presentear com uma coletânea de contos extraordinários que permanecerão na mente do leitor por muito tempo. Uma obra-prima literária que merece ser apreciada por todos os admiradores da boa escrita.
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- Poe, Edgar Allan (Author)
- 432 Pages - 05/27/2023 (Publication Date) - Camelot Editora (Publisher)
Conclusão
Em suma, os melhores livros de Edgar Allan Poe são uma leitura essencial para aqueles que desejam mergulhar no universo sombrio e intrigante do autor americano. Suas histórias cativantes e personagens enigmáticos tornaram-se clássicos da literatura mundial.
Poe é um mestre na arte de criar mistério e suspense, deixando o leitor sem fôlego em cada página. Seus contos sinistros e poemas soturnos inspiraram gerações de escritores, estabelecendo um legado duradouro na cultura popular. Não é à toa que seus trabalhos continuam a ser apreciados até hoje.
Outras informações
Edgar Allan Poe (nascido Edgar Poe; Boston, em Massachusetts, nos Estados Unidos, 19 de janeiro de 1809 – Baltimore, em Maryland, nos Estados Unidos, 7 de outubro de 1849) foi um autor, poeta, editor e crítico literário estadunidense, integrante do movimento romântico em seu país.[2] Conhecido por suas histórias que envolvem o mistério e o macabro, Poe foi um dos primeiros escritores norte-americanos de contos e é, geralmente, considerado o inventor do gênero ficção policial, também recebendo crédito por sua contribuição ao emergente gênero de ficção científica. Ele foi o primeiro escritor americano conhecido por tentar ganhar a vida através da escrita por si só, resultando em uma vida e carreira financeiramente difíceis.[4]
Ele nasceu como Edgar Poe, em Boston, em Massachusetts. Quando jovem, ficou órfão de mãe, a qual morreu pouco depois de seu pai abandonar a família. Poe foi acolhido por Francis Allan e o seu marido John Allan, de Richmond, na Virgínia, mas nunca foi formalmente adotado. Ele frequentou a Universidade da Virgínia por um semestre, passando a maior parte do tempo entre bebidas e mulheres. Nesse período, teve uma séria discussão com seu pai adotivo e fugiu de casa para se alistar nas forças armadas, onde serviu durante dois anos antes de ser dispensado. Depois de falhar como cadete em West Point, deixou a sua família adotiva. Sua carreira começou humildemente com a publicação de uma coleção anônima de poemas, Tamerlane and Other Poems (1827).
Poe mudou seu foco para a prosa e passou os anos seguintes trabalhando para revistas e jornais, tornando-se conhecido por seu estilo próprio de crítica literária. Seu trabalho obrigou-o a se mudar para diversas cidades, incluindo Baltimore, Filadélfia e Nova Iorque. Em Baltimore, casou-se com Virginia Clemm, sua prima de 13 anos de idade. Em 1845, Poe publicou seu poema The Raven, o qual foi um sucesso instantâneo. Sua esposa morreu de tuberculose dois anos após a publicação. Ele começou a planejar a criação de seu próprio jornal, The Penn (posteriormente renomeado para The Stylus), porém, em 7 de outubro de 1849, aos 40 anos, morreu antes que o jornal pudesse ser produzido. A causa de sua morte é desconhecida e foi, por diversas vezes, atribuída ao álcool, congestão cerebral, cólera, drogas, doenças cardiovasculares, raiva, suicídio, tuberculose, entre outros agentes.
Suas obras influenciaram a literatura nos Estados Unidos e ao redor do mundo, bem como em campos especializados, tais como a cosmologia e a criptografia. Poe e seu trabalho aparecem ao longo da cultura popular na literatura, música, filmes e televisão. Várias de suas casas são dedicadas como museus atualmente.
Edgar Allan Poe nasceu no seio de uma família escocesa-irlandesa, em 19 de janeiro de 1809, na cidade de Boston, no estado de Massachusetts, na região americana da Nova Inglaterra, no nordeste do país. Segundo filho dos atores David Poe Jr. (1784-1811), americano, e Elizabeth Arnold Hopkins Poe (1787-1811), inglesa, ele teve, ainda, um irmão mais velho, William Henry, nascido em 1808, e uma irmã, a mais nova, Rosalie, nascida em 1811.[7] Seu pai abandonou-os quando Edgar tinha cerca de um ano e meio de vida, em 1810, deixando ele, o irmão Henry e Elizabeth, esta grávida novamente, desamparados. Ela morreu poucas semanas depois de dar, à luz, Rosalie, já em 1811, devido tanto a complicações no parto quanto à tuberculose, deixando os três filhos órfãos.
Depois da morte da mãe, o irmão mais velho de Edgar, Henry, foi mandado para casa de parentes no interior do país, enquanto sua irmã, Rosalie, foi enviada formalmente para a adoção. Já Edgar foi acolhido, embora não formalmente adotado, pelo empresário John Allan e sua esposa, Francis Allan, que residiam na época na cidade de Richmond, no estado da Virgínia, no sudeste do país. O casal nunca o adotou legalmente, embora John tenha lhe dado o seu sobrenome, fazendo com que Edgar se chamasse, a partir de então, Edgar Allan Poe.[10] No entanto, John Allan e Edgar nunca conseguiram desenvolver uma boa relação, sendo que algumas fontes afirmam que Allan só acolheu o menino para criá-lo por insistência de sua esposa, Francis. De fato, Edgar se mostrou desde pequeno mais apegado à mãe adotiva do que ao pai, que permanecia sempre distante, o que fomentou, direta e indiretamente, a difícil relação estabelecida entre os dois a partir da adolescência e fase adulta do escritor, permeada por constantes brigas e discussões que ambos teriam ao longo da vida de Poe.
Com os pais adotivos de boa situação financeira, Edgar recebeu uma educação formal de qualidade em sua infância. Em 1815, aos seis anos de idade, se mudou com eles para a Inglaterra, onde seu pai adotivo esperava expandir seus negócios. Lá, eles se estabeleceram por alguns anos no coração da capital, Londres. Na capital britânica, depois de frequentar a Misses Duborg School e a Manor School, Poe regressou com a família de Allan a Richmond em 1820, aos onze anos, tendo sido então matriculado em um colégio interno localizado nos arredores de Charlottesville, na Virgínia. Mais tarde, já adolescente, em 1826, foi admitido na Universidade da Virgínia, também em Charlottesville. Desta, viria a ser expulso depois de cerca de um ano de frequência, graças ao seu estilo aventureiro e boêmio.
Na sequência de desentendimentos com o seu pai adotivo, relacionados com dívidas de jogo, Poe alistou-se nas forças armadas, sob o nome Edgar A. Perry, no ano de 1827. Nesse mesmo período, Poe publicou o seu primeiro livro, Tamerlane and Other Poems. Depois de dois anos de serviço militar, acabaria por ser dispensado. Em 1829, a sua mãe adotiva, Francis, faleceu, e ele publicou o seu segundo livro, Al Aaraf,[13] reconciliando-se com o seu pai adotivo, John Allan, que o auxiliou a entrar na Academia Militar de West Point. Em virtude da sua supostamente propositada desobediência a ordens, ele acabou por ser expulso desta academia, em 1831, fato pelo qual o seu pai adotivo o repudiou até a sua morte, em 1834.
Antes de entrar em West Point, Poe mudou-se para Baltimore, no estado de Maryland, onde estabeleceu-se na casa da sua tia viúva, Maria Clemm, e da sua filha, Virgínia Clemm, sua prima em primeiro grau. Durante esta época, Poe usou a escrita de ficção como meio de subsistência e, no final de 1835, tornou-se editor do jornal Southern Literary Messenger em Richmond, tendo trabalhado nesta posição até 1837. Neste intervalo de tempo, Poe acabaria por casar-se, em segredo, com a sua prima Virgínia, de treze anos, em 1836.
Em 1837, Poe mudou-se para Nova Iorque, onde passaria quinze meses aparentemente improdutivos, antes de se mudar em definitivo para a Filadélfia, na Pensilvânia, pouco depois de publicar The Narrative of Arthur Gordon Pym. No verão de 1839, tornou-se editor assistente da Burton’s Gentleman’s Magazine, onde publicou um grande número de artigos, histórias e críticas literárias e teatrais. Nesse mesmo ano, foi publicada, em dois volumes, a sua coleção Tales of the Grotesque and Arabesque (traduzido para o francês por Baudelaire como Histoires Extraordinaires e para o português como Histórias Extraordinárias), que, apesar do insucesso financeiro, é apontada como um marco da literatura norte-americana.
Durante este período, sua esposa Virgínia Clemm-Poe, começou a sofrer de tuberculose, que a tornaria inválida e acabaria por levá-la à morte. A doença da mulher acabou por levar Poe ao consumo excessivo de álcool. Algum tempo depois, Poe deixou a Burton’s Gentleman’s Magazine para procurar um novo emprego. Regressou a Nova Iorque, onde trabalhou brevemente no periódico Evening Mirror, antes de se tornar editor do mais renomado Broadway Journal. Foi no Evening Mirror, porém, no início de 1845, publicado o seu popular poema The Raven (em português, “O Corvo”).
Em 1846, o Broadway Journal faliu, e Poe mudou-se para uma casa no Bronx, hoje conhecida como Poe Cottage e aberta ao público,[17] onde Virgínia morreu no ano seguinte. Biógrafos e críticos costumam sugerir que o tema de “morte de mulheres bonitas” que aparece frequentemente em suas obras decorre da perda de mulheres ao longo de sua vida, incluindo sua esposa.[19]
Cada vez mais instável, após a morte da mulher, Poe tentou cortejar a poeta Sarah Helen Whitman. No entanto, o seu noivado com ela acabaria por falhar, alegadamente em virtude do comportamento errático e alcoólico de Poe, mas bastante provavelmente também devido à intromissão da mãe de Sarah, que não via Edgar com bons olhos. Nesta época, segundo ele mesmo relatou, Poe tentou o suicídio por superdosagem de láudano,[21] e acabou por regressar a Richmond, onde retomou a relação com uma paixão de infância, Sarah Elmira Royster, já viúva.
No dia 3 de outubro de 1849, Poe foi encontrado nas ruas de Baltimore, com roupas que não eram as suas, em estado de delirium tremens, e levado para o Washington College Hospital, onde veio a morrer apenas quatro dias depois. Poe nunca conseguiu estabelecer um discurso suficientemente coerente, de modo a explicar como tinha chegado à situação na qual foi encontrado. As suas últimas palavras teriam sido, de acordo com determinadas fontes, “Lord, please, help my poor soul“, em português, “Senhor, por favor, ajude minha pobre alma”.[23]
Nunca foram apuradas as causas precisas da morte de Poe, sendo bastante comum, apesar de não comprovada, a ideia de ter sido causada por embriaguez. Por outro lado, muitas outras teorias têm sido propostas ao longo dos anos, entre as quais estão presentes: diabetes, sífilis, raiva, e doenças cerebrais raras.
As obras mais conhecidas de Poe são góticas, um gênero que ele seguiu para satisfazer o gosto do público.[25] Seus temas mais recorrentes lidam com questões da morte, incluindo sinais físicos dela, os efeitos da decomposição, interesses por pessoas enterradas vivas, a reanimação dos mortos e o luto. Muitas das suas obras são geralmente consideradas partes do gênero do romantismo sombrio, uma reação literária ao transcendentalismo,[27] do qual Poe fortemente não gostava.
Além do horror, Poe também escreveu sátiras, contos de humor e embustes. Para efeito cômico, ele usou a ironia e a extravagância do ridículo, muitas vezes na tentativa de liberar o leitor da conformidade cultural. De fato, “Metzengerstein”, a primeira história que Poe publicou,[29] e sua primeira incursão em terror, foi originalmente concebida como uma paródia satirizando o gênero popular. Poe também reinventou a ficção científica, respondendo na sua escrita às tecnologias emergentes como balões de ar quente em “The Balloon-Hoax“.[31]
Poe escreveu muito de seu trabalho usando temas especificamente oferecidos para os gostos do mercado em massa. Para esse fim, sua ficção incluiu, muitas vezes, elementos da pseudociência popular, como frenologia[33] e fisiognomia.
Poe ainda escreveu teatro, publicando entre 1835 e 1836 o drama incompleto Politian.
A escrita de Poe reflete suas teorias literárias, que ele apresentou em sua crítica e também em peças literárias como “The Poetic Principle“.
Ele não gostava de didatismo e alegoria,[38] pois acreditava que os significados na literatura deveriam ser uma subcorrente sob a superfície. Trabalhos com significados óbvios, ele escreveu, deixam de ser arte. Acreditava que o trabalho de qualidade deveria ser breve e concentrar-se em um efeito específico e único.[36] Para isso, acreditava que o escritor deveria calcular cuidadosamente todos os sentimentos e ideias.
Em The Philosophy of Composition, uma peça na qual Poe descreve seu método de escrita em The Raven, ele afirma ter seguido estritamente este método. Porém, foi questionado se ele realmente seguiu esse sistema.
T. S. Eliot disse: “É difícil para nós lermos esta peça sem pensar se Poe escreveu seu poema com tanto cálculo, ele poderia ter pensado um pouco mais sobre isto: o resultado dificilmente pode ser creditado ao método”. O biógrafo Joseph Wood Krutch descreveu a peça como “um exercício um tanto engenhoso na arte de racionalização”.[42]
Durante sua vida, Poe era sobretudo conhecido como um crítico literário. James Russell Lowell, também crítico, dizia que ele era “o mais distinto, filosófico e destemido crítico de obras que tem escrito na América”, sugerindo – retoricamente – que ele ocasionalmente usava ácido prússico ao invés de tinta. As críticas cáusticas de Poe fizeram com que ele ganhasse o apelido de “Homem da Machadinha”. Seu alvo favorito era o poeta de Boston, aclamado em sua época, Henry Wadsworth Longfellow, que era frequentemente defendido por seus companheiros literários no que seria mais tarde chamada de “A Guerra de Longfellow”. Poe acusava Longfellow de “a heresia da didática”, escrevendo poesias enfadonhas, derivativas e tematicamente plagiadas.[44]
Poe também era conhecido como um escritor de ficção e se tornou um dos primeiros escritores americanos do século XIX a se tornar mais popular na Europa do que nos Estados Unidos. Poe era respeitado especialmente na França, em parte devido às traduções sem demora de Charles Baudelaire, que vieram a se tornar as edições definitivas das obras de Poe pela Europa.[46]
Os contos de detetive de Poe com o personagem C. Auguste Dupin acabariam por se tornar a base para as futuras histórias de detetive da literatura. Segundo sir Arthur Conan Doyle: “Cada uma [das estórias de detetive de Poe] é uma raiz da qual toda uma literatura se desenvolveu… Onde estavam as estórias de detetives antes de Poe soprar o sopro da vida nelas?”. A associação Mystery Writers of America nomeou seus prêmios para a excelência no gênero de “Edgars”.[48] Poe também influenciou o gênero de ficção científica, especialmente Jules Verne, que escreveu uma continuação para o romance de Poe A Narrativa de Arthur Gordon Pym chamada Le Sphinx des glaces (“A esfinge dos gelos”). Segundo o autor de ficção científica H. G. Wells, “Pym conta o que uma mente muito inteligente poderia imaginar sobre o polo sul há um século atrás”.[50]
Assim como diversos artistas famosos, as obras de Poe geraram diversos imitadores. Uma interessante tendência entre os imitadores de Poe, no entanto, eram as alegações de clarividentes ou pessoas com poderes paranormais de estarem canalizando poemas do espírito de Poe. O mais notável destes casos foi o de Lizzie Doten, que em 1863 publicou Poems from the Inner Life, no qual ela alega ter “recebido” novas obras pelo espírito do autor. Estas obras constituíam-se de retrabalhos de poemas famosos de Poe como The Bells (poema) refletindo uma nova perspectiva, mais positiva.[52]
No entanto, Poe também era alvo de criticismo. Isto era parcialmente devido à visão negativa que existia devido ao seu caráter pessoal e à influência que este tinha em sua reputação. William Butler Yeats, ocasionalmente, criticava Poe e, uma vez, chegou a chamá-lo de “vulgar”.[53] Transcendentalista Ralph Waldo Emerson reagiu ao poema “O Corvo” dizendo que “não via nada de mais nele”, referindo-se a Poe de modo zombeteiro como “o homem do chocalho”.[55] Aldous Huxley escreveu que a composição literária de Poe “cai na vulgaridade” por ser “muito poética” – o equivalente a usar um anel de diamantes em cada dedo.
Acredita-se que apenas doze cópias do primeiro livro de Poe, Tamerlane and Other Poems, ainda existem. Em dezembro de 2009, foi vendida uma cópia na sociedade de leilões Christie’s, em Nova Iorque, por 662 500 dólares estadunidenses, um preço recorde pago por uma obra da literatura americana.
Eureka: Um poema em prosa, dissertação escrita em 1848, contém uma teoria cosmológica que previu a teoria do Big Bang oitenta anos antes do seu surgimento,[59] assim como uma solução plausível para o paradoxo de Olbers.[61] Poe ignorou o método científico em Eureka e, ao invés disso, escreveu utilizando apenas sua intuição. Por esta razão, ele a considerou uma obra de arte ao invés de um trabalho científico,[62] mas insistiu que, ainda assim, era verdadeiro, e a considerou ser a obra-prima de sua carreira.[64] Ainda assim, Eureka está repleta de erros científicos. Em particular, as sugestões de Poe ignoram as leis de Newton relacionadas à densidade e rotação de planetas.
Poe tinha um grande interesse em criptografia. Ele notou pela primeira vez suas habilidades no periódico da Filadélfia Alexander’s Weekly (Express) Messenger, que estava convidando leitores a submeterem cifras, o qual ele procedeu a resolver. Em julho de 1841, Poe escreveu um artigo chamado “Algumas palavras sobre Escrita Secreta” no periódico Graham’s Magazine. Se aproveitando do interesse público no tópico, ele escreveu “O Escaravelho de Ouro”, incorporando cifras como parte essencial da estória.[67] O sucesso de Poe com criptografia não dependia muito de seu conhecimento profundo do campo (seu método era limitado a simples cifra de substituição), mas sim no conhecimento adquirido da cultura de jornais e periódicos. Sua afiada habilidade analítica, tão evidente em suas estórias de detetive, permitia que ele visse que o público em geral não possuía o conhecimento necessário para saber como um simples criptograma de substituição podia ser resolvido, e ele usava isso a seu favor. A comoção criada por suas façanhas criptográficas desempenhou um papel importante em popularizar criptogramas em jornais e revistas.[68]
Poe teve uma influência na criptografia, além de incrementar o interesse público por ela durante sua vida. William F. Friedman, um dos principais criptologistas da América, foi profundamente influenciado por Poe. O interesse inicial de Friedman por criptografia veio após ele ler “O Escaravelho de Ouro” quando criança, interesse este que, mais tarde, seria posto em uso para decifrar códigos da máquina “Púrpura”, pertencente ao Japão, durante a Segunda Guerra Mundial.[70]
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