Livros de Érico Veríssimo 🔝

Érico Veríssimo foi um dos mais importantes escritores brasileiros do século XX. Sua obra em destaque na literatura nacional o tornou um ícone do Modernismo e do Realismo. Nascido em Cruz Alta, Rio Grande do Sul, em 1905, Veríssimo é conhecido principalmente pela série "O Tempo e o Vento", composta por sete volumes que capturam a história e os costumes do Estado gaúcho durante três séculos.

Neste artigo, apresentaremos os melhores livros de Érico Veríssimo, do clássico "O Tempo e o Vento" a outras obras importantes, como "Olhai os Lírios do Campo" e "Incidente em Antares". Ao ler as obras de Veríssimo, podemos nos imergir nos aspectos culturais, políticos e sociais do Brasil em diferentes épocas, além de conhecer personagens cativantes e bem construídos. Descubra as razões pelas quais Érico Veríssimo é um dos grandes nomes da literatura brasileira e descubra a riqueza de suas obras.

Os 5 melhores livros de Érico Veríssimo: 🥇 dicas de leitura

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Autor: Erico Verissimo - Editor: Companhia das Letras - ASIN: 8535929681

"O tempo e o vento - Parte II - O Retrato" é uma obra-prima da literatura brasileira escrita por Erico Verissimo. Nessa edição econômica, o autor narra a história da família Terra Cambará em um contexto histórico envolvente. Com sua habilidade em criar personagens complexos e cativantes, Verissimo mergulha o leitor em um período conturbado da história do Rio Grande do Sul, abordando questões sociais e políticas de forma magistral. A trama é repleta de reviravoltas e conflitos familiares, proporcionando uma leitura emocionante e imersiva. A linguagem formal e a riqueza de detalhes evidenciam a habilidade narrativa do autor, fazendo dessa obra uma leitura indispensável para os amantes da literatura brasileira."

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Autor: Erico Verissimo - Editor: Companhia das Letras - ASIN: B009OR2OYA

"Clarissa" é uma obra-prima da literatura brasileira escrita por Érico Veríssimo. Ambientado em Porto Alegre no início do século XX, o livro narra a vida extraordinária de uma jovem determinada em busca de sua própria identidade e independência. Com uma linguagem envolvente e rica em detalhes, Veríssimo cria personagens cativantes e complexos, oferecendo uma visão profunda da sociedade da época e das lutas enfrentadas pelas mulheres. Através de uma narrativa íntima e delicada, o autor aborda temas como amor, amizade, família e as restrições impostas às mulheres na sociedade patriarcal. Um livro memorável que cativa o leitor do início ao fim."

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Autor: Erico LivroVerissimo - Editor: Companhia das Letras - ASIN: 8535906096

Não é à toa que "Olhai os Lírios do Campo" é considerado uma das obras mais importantes da literatura brasileira. Escrito por Erico Verissimo, o livro nos leva a mergulhar na jornada de Eugênio, um personagem complexo e profundo. Através de sua história, somos confrontados com questões universais como a busca pela felicidade, a importância das escolhas e a relação entre dinheiro e realização pessoal. A narrativa envolvente e a construção dos diálogos nos transportam para um Brasil da década de 1940, revelando as ambições, frustrações e anseios da classe média da época. A sensibilidade com que Verissimo aborda temas como o amor, a amizade e o sentido da vida tornam este livro uma leitura indispensável para qualquer apreciador da boa literatura.

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Autor: Erico Verissimo - Editor: Companhia das Letras - ASIN: 8535905979

Definitivamente, Ana Terra é uma obra-prima do autor Erico Verissimo. Verissimo nos presenteia com uma narrativa envolvente e cheia de detalhes, trazendo à vida a história de uma mulher forte e determinada. A riqueza da ambientação nos transporta para o período colonial brasileiro, tornando-se quase palpável aos olhos do leitor. Verissimo mescla habilmente elementos históricos com ficção, proporcionando uma leitura educativa e prazerosa. Ana Terra é uma personagem cativante, com suas lutas, paixões e sacrifícios, que nos fazem refletir sobre a força da mulher diante das adversidades. Uma leitura imperdível para os amantes da literatura brasileira!

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Autor: Erico Verissimo - Editor: Companhia das Letras - ASIN: B009WW80KY

O retrato - vol. 1 (O tempo e o vento Livro 3), do autor Erico Verissimo, é uma obra-prima da literatura brasileira. Verissimo demonstra um profundo conhecimento da história do Rio Grande do Sul, transportando o leitor para o século XIX através de uma narrativa envolvente e repleta de detalhes.

Os personagens são ricamente desenvolvidos, e a trama delicadamente entrelaçada com eventos históricos reais. A escrita de Verissimo é elegante e sua habilidade em capturar a atmosfera da época é impressionante.

Uma leitura obrigatória para qualquer amante de literatura brasileira, "O retrato - vol. 1" é uma contribuição valiosa para a compreensão do passado do Brasil e uma prova do talento excepcional de Erico Verissimo como escritor.

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Conclusão

Em conclusão, Érico Veríssimo é um dos grandes escritores da literatura brasileira. Sua trilogia O Tempo e o Vento é um marco no romance histórico nacional.

Seus livros abordam temas como amor, família, tradições e conflitos sociais e políticos com uma narrativa envolvente e uma linguagem poética.

Se você está procurando por uma leitura que emocione e ensine sobre nossa sociedade, não deixe de conferir os livros deste grande autor.

Outras informações

Érico Lopes Veríssimo (Cruz Alta, 17 de dezembro de 1905 – Porto Alegre, 28 de novembro de 1975) foi um escritor brasileiro.[1] Com uma prosa simples e de fácil leitura, tornou-se um dos escritores mais populares da literatura brasileira.

Em 1932, publicou seu primeiro livro, Fantoches, e em 1938 obteve sucesso com o romance Olhai os Lírios do Campo, que lhe deu projeção como escritor. “Posso afirmar que só depois do aparecimento de ‘Olhai os Lírios do Campo’ é que pude fazer profissão da literatura”. Seu trabalho mais conhecido, todavia, é a trilogia O Tempo e o Vento, publicada entre 1949 e 1962. Trata-se de um romance histórico que se situa em diversos momentos da história do Rio Grande do Sul. Embora não possuísse diploma de curso superior, Veríssimo lecionou literatura brasileira nos Estados Unidos e foi diretor de revistas. Em 1971, lançou Incidente em Antares, uma obra crítica ao regime militar brasileiro.

Na periodização literária, Veríssimo pode ser enquadrado na segunda fase do modernismo no Brasil, caracterizado pelos romances regionalistas. Veríssimo retratou em suas obras aspectos sociais, políticos e históricos do Rio Grande do Sul. Seus romances são marcados pela abordagem realista dos personagens e da sociedade, explorando temáticas como as desigualdades sociais, as relações familiares, o contexto político e as transformações históricas. Um dos principais aspectos de sua escrita é a capacidade de retratar a psicologia dos personagens, explorando suas motivações, dilemas e conflitos internos. Além disso, Veríssimo demonstra sensibilidade ao retratar o cotidiano, a vida simples e os dramas humanos.

Veríssimo também escreveu obras em outros gêneros, como ficção didática (Viagem à Aurora do Mundo), literatura infantil (Os Três Porquinhos Pobres) e uma autobiografia (Solo de Clarineta).

Érico Veríssimo possui ascendência portuguesa tanto de parte da pai como de mãe. Seu avô por parte de pai, o Dr. Franklin Veríssimo, possuía em Cruz Alta um Sobrado (escrito com S maiúsculo pelo escritor) que teve grande importância na vida de Érico e sua família, sendo chamado de “a sede do clã dos Veríssimo”.

Sebastião Veríssimo, filho de Franklin, quando se casou com Abegahy, filha de um rico estancieiro que fora à falência, recebeu do pai uma casa e uma farmácia, uma ao lado da outra, no mesmo quarteirão do Sobrado. Foi nessa casa que nasceu Érico, e que hoje abriga um museu em homenagem ao escritor.

Érico cresceu em um ambiente em que certamente não faltava cultura. Seu pai possuía uma ampla biblioteca que, segundo estimativa do filho, contava dois mil volumes. Sebastião também era apreciador de música clássica, e a família possuía um gramofone e discos. Érico teve um único irmão de sangue, Ênio, nascido dois anos e meio depois do primogênito (1907), e uma irmã adotiva, Maria.[1]

O lado materno da família, também de origem portuguesa, era composto de mulheres descritas como enérgicas.

Quando tinha quatro anos de idade, Érico ficou gravemente doente e, após ser levado a vários médicos, foi finalmente diagnosticado com meningite complicada com broncopneumonia pelo médico Olinto de Oliveira, cujo tratamento salvou sua vida. Durante sua infância, estudou no Colégio Venâncio Aires, em Cruz Alta, onde foi um aluno comportado e quieto, frequentava o cinema e observava o pai trabalhando. Por volta de 1914, com quase dez anos, Érico criou uma “revista”, Caricatura, na qual fazia desenhos e escrevia pequenas notas.

Aos treze anos, Érico já lia autores nacionais, como Aluísio Azevedo e Joaquim Manuel de Macedo, e estrangeiros, como Walter Scott, Émile Zola e Fiódor Dostoiévski. Em 1920, foi matriculado no extinto Colégio Cruzeiro do Sul (hoje Colégio IPA), um internato de orientação protestante de Porto Alegre, deixando sua namorada Vânia em Cruz Alta. No novo colégio, Veríssimo foi por muito tempo o primeiro aluno de sua turma, embora tivesse aversão à matemática. Em seu último ano letivo, o jovem Érico chegou a sofrer de claustrofobia e de pesadelos. Em dezembro de 1922, terminados os estudos do filho, seus pais se separaram; as diferenças do casal eram notáveis: Sebastião era um homem gastador e mulherengo e dona Bega, uma mulher econômica e reclusa. Érico, sua mãe e seus irmãos passaram então a morar na casa dos avós maternos. Endividado, o pai perdeu a propriedade da farmácia. No ano seguinte, Érico empregou-se como balconista no armazém do tio Américo Lopes e, depois, no Banco Nacional do Comércio. Durante esse tempo, transcrevia obras de Euclides da Cunha e de Machado de Assis, dentre outros escritores, e tomou gosto pela música lírica. Também aprofundou mais ainda a leitura de escritores nacionais e estrangeiros. Em 1924, para que o irmão Ênio pudesse frequentar o ginásio, a família mudou-se para a capital gaúcha, mas, após um ano de extremas dificuldades financeiras,[7] retornou a Cruz Alta. Em 1926, Érico se tornou sócio da Farmácia Central, junto com um amigo de seu pai, mas o novo empreendimento faliu em 1930, deixando uma dívida que só conseguiria liquidar dezessete anos depois. Além de farmacêutico, Érico também trabalhou como professor de literatura e língua inglesa à época.carece de fontes?]

Em 1927, Veríssimo conheceu sua futura esposa, Mafalda Halfen Volpe, então com quinze anos, e os dois ficaram noivos em 1929. Nesse mesmo ano, Érico publicou seu primeiro texto: Chico: um Conto de Natal, na revista mensal “Cruz Alta em Revista”. Em seguida, seu amigo Manuelito de Ornelas enviou os contos Ladrão de Gado e A Tragédia dum Homem Gordo à Revista do Globo. E o jornal Correio do Povo publicou o conto A Lâmpada Mágica.

Em uma manhã de outubro de 1930, Érico despediu-se de seu pai Sebastião, que engajado na Revolução de 1930, resolveu mudar-se para Santa Catarina. Foi a última vez que se viram.carece de fontes?]

Desempregado após a falência de sua farmácia, em dezembro de 1930, Érico mudou-se para Porto Alegre, disposto a viver de seus escritos. Mafalda, sua noiva, permaneceu em Cruz Alta. Veríssimo então foi contratado como secretário de redação da Revista do Globo e, em seu tempo livre, encontrava-se com intelectuais da época, como Mário Quintana e Augusto Meyer, no bar Antonello, no centro da capital. Em 1931, Érico regressa a Cruz Alta para se casar com Mafalda, e os dois passam a morar em Porto Alegre, onde Érico havia obtido certa estabilidade financeira.[6]

Em 1933, Érico Veríssimo traduziu o célebre livro Contraponto (Point Counter Point), de Aldous Huxley, e publicou seu primeiro romance: Clarissa, cujos sete mil exemplares foram vendidos em cinco anos. Seu segundo romance, Caminhos Cruzados, publicado em 1935, chegou a ser considerado subversivo pela Igreja Católica e pelo Departamento de Ordem Pública e Social, levando seu autor a ser interrogado pela polícia a respeito de sua orientação política.carece de fontes?] Inspirado no Counterpoint de Aldous Huxley, o livro introduziu a técnica do contraponto na literatura brasileira, segundo alguns críticos. Essa técnica, importada da música, consiste em uma narrativa simultânea e fragmentada; várias histórias, ou fragmentos da vida, independentes entre si.[10]

Depois de anos de casados, Érico e Mafalda finalmente tiveram seu primeiro filho, Clarissa, nascida em 1935. O nome foi dado em homenagem à personagem de seu primeiro romance. Luis Fernando nasceu no ano seguinte. O casamento foi duradouro, e Érico escreveu mais tarde que, sem a paciência e o bom-senso da esposa, sua carreira de escritor teria sido impossível. No mesmo ano, Érico recebeu a notícia da morte de seu pai, vítima de um derrame. Morrera sozinho e na miséria.

Para complementar o orçamento da Revista do Globo, Veríssimo começou a traduzir livros do inglês para o português. A primeira tradução foi da obra O Sineiro (The Ringer), de Edgar Wallace. Além de traduzir, passou a colaborar para as edições dominicais dos jornais Diário de Notícias e Correio do Povo. Promovido a diretor da Revista do Globo em 1932, Érico começou a indicar mais livros estrangeiros para tradução e publicação. No mesmo ano, ele publica sua obra de estreia, Fantoches, uma coletânea de contos, em sua maioria na forma de pequenas peças de teatro. Contudo, as vendas do livro não foram boas, e um incêndio destruiu o local onde estavam armazenados os exemplares restantes.carece de fontes?]

Em 1936, Érico publicou dois romances que eram continuações de Clarissa: Música ao Longe, pelo qual ganhou o Prêmio Machado de Assis, e Um Lugar ao Sol. Além disso, criou, na Rádio Farroupilha, um programa infantil, O Clube dos Três Porquinhos, que saiu do ar quando o Estado Novo estava prestes a submetê-lo ao departamento de censura.[

Em 1938, Érico Veríssimo publicou sua primeira obra de repercussão nacional e internacional, Olhai os Lírios do Campo, que foi traduzido do inglês ao indonésio.carece de fontes?]

Érico então assumiu a função de conselheiro literário da Editora Globo, selecionando, ao lado de Henrique Bertaso, mais escritores estrangeiros, como Thomas Mann, Virginia Woolf, Balzac, entre outros, para serem traduzidos e participando da criação das coleções Nobel e Biblioteca dos Séculos, que tiveram grande sucesso.carece de fontes?]

Em 1940, depois do sucesso de Olhai os Lírios do Campo, Érico Veríssimo publicou Saga, considerado pelo próprio autor como seu pior romance.carece de fontes?]

Em 1941, Érico Veríssimo morou por três meses nos Estados Unidos para proferir conferências, em uma estada financiada pelo Departamento de Estado como parte da Política da Boa Vizinhança, do governo de Franklin Roosevelt. Érico escreveu um livro sobre essa viagem, intitulado Gato Preto em Campo de Neve (1941). De volta ao Brasil, ele presenciou um incidente real que o inspirou a escrever seu livro seguinte: em um passeio pela Rua da Praia com seu irmão, Érico testemunhou a queda de uma mulher do alto de um prédio. Dois anos depois, publicou o romance O Resto É Silêncio, cujo ponto de partida é o suicídio de uma mulher que se atira de um edifício. O livro recebeu fortes críticas do clero.

Em 1943, ele se mudou com a família para os Estados Unidos novamente, a convite do Departamento de Estado, desta vez para uma estada de dois anos, durante os quais ministrou aulas de Literatura Brasileira na Universidade da Califórnia em Berkeley. Sobre essa segunda viagem ao exterior, érico escreveu A Volta do Gato Preto (1947). Érico também aceitara o convite para trabalhar nos Estados Unidos porque estava descontente com o clima político no Brasil, que então vivia a euforia da ditadura de Getúlio Vargas.[6]

Foi a partir 1947 que Érico Veríssimo começou a escrever sua obra-prima, a trilogia O Tempo e o Vento. A ideia inicial do escritor era reunir duzentos anos da história do Rio Grande do Sul (1745 a 1945) em um único volume; todavia, no final, ele escreveu três volumes, totalizando 2,2 mil páginas. O primeiro volume, O Continente, foi publicado em 1949 e marca o momento mais importante da carreira de Veríssimo. De O Continente saíram alguns personagens primordiais e bastante populares entre seus leitores, como Ana Terra e o Capitão Rodrigo Cambará.carece de fontes?]

Encontra-se colaboração da sua autoria na revista luso-brasileira Atlântico.

Em 1950, na praia de Torres, Érico Veríssimo começou a escrever o segundo volume de O Tempo e o Vento, intitulado O Retrato, publicado no ano seguinte. Foi descrito por Érico como literariamente inferior a O Continente. Em 1952, novamente em Torres, Érico tentou escrever o terceiro e último volume da trilogia, mas acabou publicando Noite em 1954, o qual fez mais sucesso no exterior. No mesmo ano, foi agraciado com o prêmio Machado de Assis, pela Academia Brasileira de Letras.

Entre 1953 e 1956, Érico voltou a residir nos Estados Unidos, para assumir a direção do Departamento de Assuntos Culturais da Organização dos Estados Americanos, em Washington. Neste cargo, sucedeu a Alceu Amoroso Lima. Nessa época, tentou de novo escrever a última parte de O Tempo e o Vento, sem sucesso. Antes de embarcar de volta ao Brasil, Érico recebeu a notícia de que sua filha estava noiva de um americano, David Jaffe. Clarissa e David deram três netos a Veríssimo.carece de fontes?]

Em 1957, em Porto Alegre, Érico tentou mais uma vez escrever o último volume de O Tempo e o Vento, chamado O Arquipélago, mas acabou dando início a México, narrando sua viagem àquele país. Outra tentativa de finalizar O Arquipélago ocorreu em janeiro de 1958, infrutífera. Em abril do mesmo ano, relatou ter sentido algum problema no coração.carece de fontes?]

Em 1961, Érico sofreu seu primeiro infarto do miocárdio. Após um repouso absoluto, volta a trabalhar na obra O Arquipélago. Quando decide viajar à Grécia com a esposa em 1962, Érico entrega O Arquipélago pronto para ser publicado. No dia 12 de outubro de 1963, vítima de câncer de pulmão, faleceu a mãe de Érico, aos setenta e oito anos. No ano seguinte, Luis Fernando Verissimo, inesperadamente, casa-se com Lúcia Helena Massa, e eles também deram três netos a Veríssimo.carece de fontes?]

Em 1965, Érico publicou o romance O Senhor Embaixador, no qual refletia sobre os descaminhos da América Latina. Ganhou então o Prêmio Jabuti, na categoria romance, da Câmara Brasileira de Livros. Publica sua autobiografia em 1966, O Escritor diante do Espelho, que é ampliada mais tarde.carece de fontes?]

No romance Incidente em Antares, de 1971, Érico traçou um apanhado da história do Brasil desde os primeiros tempos e enveredou pelo fantástico, com uma rebelião de cadáveres durante uma greve de coveiros na fictícia cidade de Antares. Em 1972, na comemoração dos quarenta anos de lançamento de seu primeiro livro, Érico relançou Fantoches, com desenhos e notas de sua autoria.carece de fontes?]

Em 1973, publica o primeiro volume de Solo de Clarineta, sua segunda e ampliada autobiografia. Em 28 de novembro de 1975, morre vítima de um infarto.

Em uma sexta-feira, dia 28 de novembro de 1975, aproximadamente às 21h15, Veríssimo teve um infarto enquanto assitia televisão em sua casa em Petrópolis, bairro nobre de Porto Alegre. Pouco antes, havia conversado longamente por telefone com Jorge Andrade, autor de O Grito, novela das dez da Rede Globo à qual Érico pretendia assistir aquela noite.

Quando da sua morte, Érico trabalhava no segundo volume de sua autobiografia Solo de Clarineta, programada para ser uma trilogia. Segundo seu amigo Maurício Rosenblatt, ele havia escrito sobre a Espanha naquele dia e recém havia concluído o capítulo referente à sua viagem a Portugal. O segundo volume já contava cerca de duzentas páginas.

Érico não tinha pressa para concluir a obra. Ainda conforme seu amigo,

No ano seguinte, o segundo volume foi publicado postumamente, sendo organizado por Flávio Loureiro Chaves.carece de fontes?] Érico também deixou inacabado um romance que se chamaria A Hora do Sétimo Anjo. Em seu lar estavam presentes sua esposa, Mafalda, e seus seis netos. Logo em seguida chegaram amigos e parentes, e a casa em Petrópolis ficou cercada de curiosos.[12] Na madrugada do dia seguinte, o corpo foi velado no salão nobre da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul. Está sepultado no Cemitério São Miguel e Almas.

Por ocasião do falecimento de Érico, Carlos Drummond de Andrade publicou o poema A falta de Érico Veríssimo.carece de fontes?] O escritor Jorge Amado afirmou que “o Brasil perdeu seu principal romancista[…] Ele foi um dos maiores ficcionistas contemporâneos e sua obra engrandece qualquer um de nós. Quanto a mim, pessoalmente, perdi um irmão.” Moacyr Scliar lembrou que Veríssimo foi quem o estimulou a apreciar a literatura: “Eu comecei a gostar de literatura lendo os livros de Erico Verissimo. Particularmente, devo a ele um grande apoio”, O prefeito de Cruz Alta, José Westphalen, decretou luto oficial de três dias.[12]

É possível distinguir três fases da obra do autor. A primeira engloba todos os romances anteriores a O Tempo e o VentoClarissa, Caminhos Cruzados, Música ao Longe, Um Lugar ao Sol, Saga e O Resto É Silêncio. Essa fase é caracterizada pelo registro da vida urbana da capital do estado em que o escritor nasceu, sendo por essa razão chamada de “ciclo de Porto Alegre”. Nessas obras, é muito usada a estratégia do corte transversal na sociedade; isto é, uma fatia da vida é isolada e apresentada na obra literária.[15] Todos os romances dessa fase estão ambientados nessa cidade (que na época contava 300 mil habitantes), explícita ou de modo subentendido, pois era onde o autor residia nessa fase de sua vida.

Essas primeiras obras não podem ser chamadas de regionalistas. Possuem um caráter mais universal, já que as situações descritas poderiam ter acontecido em qualquer grande cidade do Brasil (vale lembrar que Olhai os Lírios do Campo fez sucesso no país inteiro, e foi mais lido em São Paulo do que no Rio Grande do Sul). Conforme o próprio Érico:

A segunda fase corresponde ao Tempo e o Vento. Caracteriza-se pelo amadurecimento de processos técnicos e estilísticos. Érico Veríssimo se consagra como um fiel retratista do povo gaúcho, de sua história e de seus costumes.

A terceira fase, representada por seus últimos romances — O Prisioneiro, O Senhor Embaixador e Incidente em Antares — é marcada por uma postura de maior engajamento social e de uma abordagem de temáticas mais universais.

Érico se posiciona contra a violência. Na contracapa de O Prisioneiro, lê-se:

Esse pessimismo denota um flagrante contraste com a fase inicial de sua obra, que, segundo o próprio autor, falhava em mostrar o lado sórdido da vida. Referindo-se a uma personagem do seu primeiro romance, o autor afirma:

Seu estilo é simples e despojado, atraindo assim a simpatia dos leitores e ganhando popularidade. Suas obras centradas nem nas classes inferiores, nem na elite, mas na pequena burguesia urbana.[16] Érico, em suas obras, faz um recorte da sociedade, em um estilo conhecido como “fatia da vida” (em inglês, slice of life); isto é, muitos romances não têm um início, meio e fim bem claros e definidos; também não há, em geral, acontecimento muito extraordinários. O que é feito é capturar e congelar um pedaço do cotidiano, da vida em sociedade.

Deste modo, Érico Veríssimo é um autor mais horizontal do que profundo, mais sociológico do que psicológico. Sua intenção é realizar um corte transversal na sociedade, com a finalidade de expor seu funcionamento, as relações entre indivíduos e grupos sociais, suas as engrenagens. De fato, com a exceção de Noite, todos os romances são pautados pelo destino de um grupo de pessoas, de um clã, de uma família, e não pelo destino individual.[9] Tomando O Resto é Silêncio como exemplo, o crítico literário Antonio Candido afirma:

Embora o autor seja enquadrado na segunda geração dos modernistas, marcada pelos romances regionalistas, a obra de Érico Veríssimo não se restringe ao Rio Grande do Sul. De fato, a principal obra que tem essa característica regionalista é O Tempo e o Vento. As outras têm caráter mais universal, pois poderiam ter transcorrido em qualquer estado do Brasil, ou mesmo fora dele. Todavia, com a obra Incidente em Antares (1971), há um retorno temático ao Rio Grande do Sul. p. 23

Outros romancistas de 30 focaram suas narrativas ou nas elites decadentes ou nas camadas pobres da sociedade, tanto do campo como da cidade. Já Érico Veríssimo deu foco à pequena burguesia urbana e seus dilemas. Ademais, enquanto a maioria dos outros escritores do mesmo período tinham um foco mais social, Érico soube equilibrar o foco no social e no psicológico, a crítica social e o intimismo. p. 7

Os principais livros de Érico Veríssimo foram traduzidos para o alemão, espanhol, finlandês, francês, holandês, húngaro, indonésio, inglês, italiano, japonês, norueguês, polonês, romeno, russo, sueco e tcheco.carece de fontes?]

A seguir estão os romances e contos que Érico Veríssimo traduziu.

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