Livros de Johann Wolfgang von Goethe 🔝

Johann Wolfgang von Goethe é um dos escritores mais renomados da língua alemã. Além de escritor, Goethe era também um cientista e filósofo, o que se reflete em sua vasta obra literária, que abrange desde a poesia até a prosa.

Neste artigo, selecionamos os melhores livros de Goethe, para que você possa se familiarizar com a obra deste grande autor. Com sua vasta experiência e autoridade, Goethe é um autor imprescindível para aqueles que desejam conhecer melhor a literatura alemã e europeia como um todo.

Os 5 melhores livros de Johann Wolfgang von Goethe: 🥇 dicas de leitura


Autor: Goethe von - Editor: Lebooks Editora - ASIN: B07Z5GX96Y

Como um clássico da literatura mundial, "As Afinidades Eletivas" de Goethe é uma obra-prima fascinante que aborda com maestria a complexidade das relações humanas. Com uma prosa envolvente e personagens meticulosamente desenvolvidos, o autor alemão nos transporta para um mundo repleto de emoções intensas e conflitos morais.

A trama gira em torno do casal Eduard e Charlotte e seu convite ao amigo de Eduard, o capitão Otto, para passar um tempo em sua propriedade. No entanto, à medida que os laços de amizade se fortalecem, desejos e paixões inesperadas emergem, resultando em um jogo de forças entre amor e dever.

O talento de Goethe brilha ao explorar as afinidades eletivas entre os personagens, destacando as implicações éticas e os labirintos do coração humano. Com um enredo instigante, o livro desafia o leitor a refletir sobre as escolhas e suas consequências, questionando as convenções sociais e os limites do amor.

Além disso, a maestria de Goethe em criar diálogos penetrantes e narrativas ricas em detalhes transporta o leitor para dentro da história, despertando uma gama de emoções. A profundidade psicológica dos personagens e a análise precisa das relações interpessoais são testemunho da genialidade do autor.

"As Afinidades Eletivas" é uma obra revolucionária que transcendeu seu tempo e continua a encantar e provocar reflexões atualmente. Para os amantes da literatura clássica, este livro é essencial e mostra por que Goethe é considerado um dos maiores escritores de todos os tempos.

Avaliação: 9.4

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Autor: Johann Goethe - Editor: Penguin-Companhia - ASIN: 8563560921

"As afinidades eletivas" é uma obra brilhante de Johann Goethe que explora de forma magistral as complexidades dos relacionamentos humanos. Através de uma narrativa envolvente e personagens cativantes, o autor nos conduz por um labirinto de paixões, desejos e escolhas. Goethe demonstra sua maestria ao retratar de maneira realista os conflitos internos e as consequências das decisões tomadas pelos protagonistas. Seu estilo narrativo é elegante e sofisticado, e sua capacidade de criar atmosferas e diálogos profundos é surpreendente. "As afinidades eletivas" é uma obra-prima da literatura que certamente despertará reflexões sobre o amor, a liberdade e as escolhas que fazemos em nossas vidas.

Avaliação: 9.2

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Autor: Johann Goethe - Editor: Mimética - ASIN: B07RS3JTS4

O livro "Fausto", escrito por Johann Goethe, é uma obra-prima da literatura alemã. Com uma narrativa profunda e cativante, a história retrata a busca incessante do protagonista pelo conhecimento e por um sentido maior na vida. A complexidade dos personagens, a riqueza de detalhes na descrição dos cenários e a fusão entre elementos mitológicos e filosóficos tornam a leitura fascinante e enriquecedora. Goethe apresenta uma reflexão sobre o dilema entre o bem e o mal, a força da paixão e as consequências inevitáveis de nossas escolhas. Um clássico que transcende as fronteiras do tempo e merece ser lido e apreciado por todos os amantes da boa literatura.

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Autor: manually Scroll - Editor: Libro Móvil - ASIN: B00HHE1B3W

O livro Johann Wolfgang von Goethe é uma obra-prima da literatura alemã. Escrito pelo renomado autor, oferece uma visão abrangente e profunda da vida e da mente brilhante de Goethe. O autor nos leva a uma jornada fascinante através das obras e das experiências de Goethe, revelando sua genialidade e sua capacidade de compreender e retratar a complexidade humana. Com uma escrita envolvente e meticulosa, este livro é imprescindível para qualquer amante da literatura e da biografia. Através dessas páginas, somos convidados a mergulhar na vida e nas obras de um dos maiores escritores da história. Uma leitura enriquecedora e profundamente satisfatória.

Avaliação: 8.7

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Autor: Johann Goethe - Editor: Textos para Reflexão - ASIN: B01FRAY6QG

A obra "Fausto" de Johann Goethe é considerada uma das grandes obras-primas da literatura mundial. É uma leitura complexa, envolvente e repleta de simbolismos, que retrata a busca humana pelo sentido da vida e a eterna luta entre o bem e o mal. A história do pacto entre Fausto e Mefistófeles é fascinante e nos leva a refletir sobre as escolhas que fazemos e as consequências que elas podem trazer. Goethe apresenta uma narrativa rica em detalhes e diálogos profundos, que nos fazem mergulhar na alma dos personagens e questionar a natureza humana. Uma leitura indispensável para todos que apreciam grandes clássicos da literatura universal.

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Conclusão

Johann Wolfgang von Goethe é um dos autores mais nobres da literatura mundial. Em seu vasto repertório de livros, destacam-se obras como "Fausto", "Os Sofrimentos do Jovem Werther" e "Os Anos de Aprendizagem de Wilhelm Meister". Nesses romances, Goethe explora temas profundos como amor, morte, a busca da verdade e da felicidade, além de apresentar personagens profundamente complexos e intensos. Se você busca por uma leitura rica e profunda, os livros de Goethe certamente não decepcionarão.

Outras informações

Johann Wolfgang von Goethe (alemão: [ˈjoːhan ˈvɔlfɡaŋ ˈɡøːtə] (Sobre este somescutar·info); Frankfurt am Main, 28 de agosto de 1749 — Weimar, 22 de março de 1832) foi um polímata, autor e estadista alemão do Sacro Império Romano-Germânico que também fez incursões pelo campo da ciência natural. Como escritor, Goethe foi uma das mais importantes figuras da literatura alemã[1] e do Romantismo europeu, nos finais do século XVIII e inícios do século XIX. Juntamente com Friedrich Schiller, foi um dos líderes do movimento literário alemão Sturm und Drang e, posteriormente, do Classicismo de Weimar.

De sua vasta produção fazem parte: romances, peças de teatro, poemas, escritos autobiográficos, reflexões teóricas nas áreas de arte, literatura e ciências naturais. Além disso, sua correspondência epistolar com pensadores e personalidades da época é grande fonte de pesquisa e análise de seu pensamento.

Por meio do romance Os Sofrimentos do Jovem Werther, Goethe tornou-se famoso em toda a Europa no ano de 1774 e, mais tarde, houve um amadurecimento de sua produção, influenciada sobretudo pela parceria com Schiller, com o qual tornou-se o mais importante autor do Classicismo de Weimar. Sua obra-prima, porém, é o drama trágico Fausto, publicado em fragmento em 1790, depois em primeira parte definitiva em 1808 e, por fim, numa segunda parte, em 1832, ano de sua morte, tomando-lhe, portanto, a vida inteira. Goethe é até hoje considerado o mais importante escritor alemão, cuja obra influenciou a literatura de todo o mundo.

Johann Wolfgang von Goethe nasceu em 28 de agosto de 1749 em Frankfurt am Main, Alemanha. Era o filho mais velho de Johann Caspar Goethe (Frankfurt am Main, 29 de Julho de 1710 – Frankfurt am Main, 25 de Maio de 1782). Homem culto, jurista que não exerceu a profissão, Caspar vivia dos rendimentos de sua fortuna. A mãe de Goethe, Catharina Elisabeth Textor Goethe (Frankfurt am Main, 19 de Fevereiro de 1731 – Frankfurt am Main, 15 de Setembro de 1808), procedia de uma família de poder econômico e posição social, sendo tetraneta de uma das irmãs de Lucas Cranach, o Jovem, filho de Lucas Cranach, o Velho e descendente de Henrique III de Hesse-Marburg. Casou-se aos 17 anos e teve outros filhos, dos quais apenas um viera a chegar à idade adulta.

Educados, inicialmente, pelo próprio pai e, depois, por tutores contratados, Goethe e a irmã receberam uma ampla educação que incluía o estudo de francês, inglês, italiano, latim, grego, ciências, religião e desenho. Goethe teve aulas de violoncelo e piano, além de dança e equitação. O contato com a literatura se deu desde a infância, através das histórias contadas por sua mãe e da leitura da Bíblia. A família tinha uma biblioteca que continha mais de 2 000 volumes.

Por decisão de seu pai, Goethe iniciou os estudos na Faculdade de Direito de Leipzig em 1765, mostrando-se, porém, pouco interessado. Goethe dedicava-se mais às aulas de desenho, xilogravura e gravura em metal, e aproveitava a vida longe da casa dos pais entre teatros e noites na boêmia. Acometido por uma doença, possivelmente tuberculose, em 1768 retorna para a casa dos pais.

Enquanto se recupera, dedica-se a leituras, experiências com alquimia e astrologia. Nesse mesmo ano, Goethe escreve sua primeira comédia: Die Mitschuldigen. Logo depois, em 1769, Goethe publica sua primeira antologia, Neue Lieder. Em abril de 1770 volta aos estudos de direito, agora em Estrasburgo, dessa vez mostrando-se mais interessado. Durante esse período, conheceu Johann Gottfried Herder, teólogo e estudioso das artes e da literatura. Herder influenciou Goethe trazendo a ele leituras como Homero, Shakespeare e Ossian assim como o contato com a poesia popular (Volkspoesie).

Nesse período, Goethe escrevera poemas à Friederike Brion, com a qual mantinha um romance. Esses poemas, mais tarde, ficaram conhecidos como Sesenheimer Lieder. Neles já se expressa fortemente o início de uma nova produção literária lírica.

No verão de 1771, Goethe licencia-se na faculdade de direito.

De volta a Frankfurt am Main, Goethe trabalha sem muito ânimo em seu escritório de advocacia, dando maior importância à poesia. Ao fim de 1771 escreveu Geschichte Gottfriedens von Berlichingen mit der eisernen Hand, que veio a ser publicado dois anos depois sob o título Götz von Berlichingen da mão de ferro. A peça veio a valer como a primeira obra do movimento Sturm und Drang (Tempestade e Ímpeto).

Em 1772 Goethe mudou-se para Wetzlar, a pedido do pai, para trabalhar na sede da corte da justiça imperial. Lá conheceu Charlotte Buff, noiva de seu colega Johann Christian Kestner, por quem se apaixonou. O escândalo dessa paixão obrigou-o a deixar Wetzlar. Um ano e meio depois, em 1774, Goethe publica Die Leiden des Jungen Werthers (Os Sofrimentos do Jovem Werther). Com esse romance, tornou-se rapidamente conhecido em toda a Europa.

O período entre seu retorno de Wetzlar e a partida à Weimar foi um dos mais produtivos de sua carreira. Além de Werther, Goethe escreveu, entre outros, poemas que se tornaram exemplares de sua obra, como Prometheus, Ganymed e Mahomets Gesang, além de peças como Clavigo (Clavigo),Stella, e outras mais curtas como Götter, Helden und Wieland. Nesse período Goethe inicia seu trabalho mais conhecido, Faust (Fausto).

Em 1775, Carlos Augusto herda o governo de Saxe-Weimar-Eisenach e convida Goethe a visitar a Weimar, capital do ducado. Disposto a desfrutar os prazeres da corte, Goethe aceita o convite a acaba por mudar-se para Weimar. Em pouco tempo a população o acusa de desencaminhar o príncipe, que por sua vez reage e faz Goethe comprometer-se com setores do governo. Goethe passa então, como ministro, a exercer alguns serviços administrativos, como inspecionar minas e irrigação do solo, entre outros. Goethe viveu até 1786 na cidade, onde veio a exercer diversas funções político-administrativas.[3] Em Weimar, Goethe viveu um afetuoso romance com Charlotte von Stein, do qual restaram documentados mais de 2 mil cartas e bilhetes.

Com o trabalho diário na administração da cidade, restava-lhe pouco tempo para sua prática poética. Nesse período, Goethe trabalha na escrita em prosa de Iphigenie auf Tauris (Ifigênia em Táuride), além de Egmont, Torquarto Tasso e Os Anos de Aprendizado de Wilhelm Meister, e dos poemas Wandrers Nachtlied, Grenzen der Menschheit e Das Göttliche.

Por volta de 1780, Goethe passa a ocupar-se sistematicamente com pesquisas na área das ciências naturais. Seu interesse demonstrou-se principalmente nas áreas de geologia, botânica e osteologia. No mesmo ano, juntamente com Herder, torna-se membro de uma sociedade secreta, os Illuminati (conhecida como Maçonaria Iluminada), que alcança grande prestígio entre as elites europeias. A sociedade foi extinta pelo governo da Baviera em 1787).

Goethe estava cada vez mais insatisfeito com trabalho na administração pública e seu relacionamento com Charlotte se desgastou, desencadeando uma crise com relação aos rumos que tomou em sua vida. Por conta disso, em 1786, partiu sem pré-aviso para a Itália usando um pseudônimo, já que na época já havia se tornado um autor famoso. Goethe passou por Verona, Veneza e Lago di Garda, até chegar a Roma, onde permaneceu até 1788, tendo também visitado nesse meio tempo Nápoles e Sicília. Em abril daquele ano, Goethe deixou Roma, e dois meses depois desembarcou novamente em Weimar.

Na Itália, Goethe conheceu as construções e obras de arte da Antiguidade Clássica e do Renascimento. Encantou-se especialmente pelos trabalhos de Rafael e Andrea Palladio. Lá se dedicou ao desenho, decidindo-se porém pela profissão de poeta. Entre outras coisas Goethe versificou nesse período Iphigenie auf Tauris (Ifigênia em Tauride), finalizou Egmont, doze anos após o iniciado da escrita desse, e deu prosseguimento a Tasso.

A viagem fora para Goethe uma experiência reestabelecedora.

De volta a Weimar, Goethe estabelece amizade com Johanna Schopenhauer, mãe do filósofo Arthur Schopenhauer. Além disso, Goethe conhece Christiane Vulpius, uma mulher de 23 anos, de origem simples e sem prestígio social. Mesmo com a pouca aceitação da sociedade weimarense, Goethe e Christiane casam-se em 1806, mesmo ano que a cidade é invadida pelos franceses em ocasião da expansão napoleônica. O casal permaneceu junto até a morte dela em 1816.

Goethe assume cargos de influência política nas áreas de cultura e ciências. De 1791 a 1817 Goethe dirige o teatro de Weimar (antes dirigira a escola de desenho) Ao mesmo tempo Goethe era membro conselheiro na Universidade de Jena, onde conheceu, entre outros, Friedrich Schiller, Georg Hegel e Friedrich Schelling.

Em 1794, inicia amizade com Friedrich von Schiller, que passa também a residir em Weimar. Essa amizade entre os dois grandes escritores é celebrada como um dos marcos simbólicos da literatura alemã.

Nos anos posteriores à sua viagem à Itália, Goethe empenhou-se nas pesquisas em ciências naturais. Em 1790 ele publica uma obra chamada Versuch die Metamorphose der Pflanzen zu erklären, e inicia sua pesquisa sobre as cores, assunto ao qual se dedicou até o fim de sua vida. A Teoria das Cores é publicada em 1810.

As obras da década de 1790 fazem parte Römische Elegien, uma coleção de poemas eróticos, à maneira clássica, sobre a paixão de Goethe por Christiane. Da viagem à Itália vieram os Venetiatischen Epigrame, poemas satíricos sobre a Europa da época. Goethe escreveu também uma série de comédias satirizando a Revolução Francesa: Der Groβ-Cophta (1791), Der Bürgergeneral (1793), e o fragmento Die Aufgeregten (1793).

Em 1794 Schiller convida Goethe para colaborar na revista de arte e cultura: Die Horen. Goethe aceita o convite e a partir daí inicia-se uma aproximação entre os dois intelectuais, que resultou numa íntima amizade. Ambos desaprovavam a revolução e apoiavam a estética da antiguidade clássica como ideal artístico.

Como resultado de suas discussões a respeito dos fundamentos estéticos da arte, Schiller e Goethe desenvolveram ideias artísticas que deram origem ao Classicismo de Weimar.

Nesse período, Schiller convence Goethe a retomar a escrita de Faust (Fausto) e acompanha o nascimento de Wilhelm Meister Lehrjahre (Os Anos de Aprendizado de Wilhelm Meister). Além dessas obras, Goethe escreve no mesmo período Unterhaltungen deutscher Ausgewanderten e o épico escrito em hexâmetro clássico Hermann und Dorothea.

Em 1805, interfere para que Hegel seja nomeado professor na Universidade de Berlim. A morte de Schiller nesse mesmo ano, foi uma grande perda para o amigo Goethe,

Em 1808, Napoleão condecora Goethe, no Congresso de Erfurt, com a grande cruz da Legião da Honra. De acordo com sua correspondência, sobretudo os registros de Eckermann, seu.amigo, Goethe ficou bastante aturdido com a Revolução Francesa. Prova disso é a segunda parte de Fausto, publicada postumamente, conforme carta ao amigo, ao qual dizia para só se abrir o pacote após sua morte, num profundo lamento, prevendo que sua literatura seria deixada no esquecimento.

Nos anos que seguiram a morte de Schiller, Goethe adoeceu diversas vezes. Atormentado com os acontecimentos decorrentes da invasão Napoleônica a Weimar, Goethe vive uma fase pessimista. Desta época provém seu último romance, Die Wahlverwandschaften, de 1809. Um ano depois Goethe começa a escrever sua autobiografia.

Um ano após a morte da esposa (1816), Goethe organiza seus escritos e publica os trabalhos: Geschichte meines botanischen Studiums (1817); Italianischen Reise (1817) (Viagem à Itália), diário e reflexões de sua viagem, em duas partes, respectivamente; Wilhelm Meister Wanderjahre (1821) e Zur Naturwissenschaft überhaupt (1824). Em 1823, Johann Peter Eckermann torna-se secretário de Goethe e o ajuda na revisão e publicação de escritos até sua morte. As Conversas com Goethe são fruto dessa colaboração.

Durante esse período Goethe dedicava-se à escrita de Faust, que veio a finalizar, após 16 anos de trabalho, em 1830. Aos 82 anos, em 22 de março de 1832, Goethe morre na cidade de Weimar. Encontra-se sepultado no Cemitério Histórico de Weimar, Turíngia na Alemanha ao lado de Friedrich Schiller.

Embora seu trabalho literário tenha atraído o maior interesse, Goethe também esteve profundamente envolvido nos estudos de ciências naturais. Ele escreveu vários trabalhos sobre morfologia e teoria das cores. Goethe também tinha a maior coleção particular de minerais de toda a Europa. Na época de sua morte, para obter uma visão abrangente da geologia, ele havia coletado 17 800 amostras de rochas.[7]

Seu foco na morfologia e no que mais tarde foi chamado de homologia influenciou os naturalistas do século XIX, embora suas ideias de transformação fossem sobre a metamorfose contínua dos seres vivos e não se relacionassem às ideias contemporâneas de “transformismo” ou transmutação de espécies. A homologia, ou conforme Etienne Geoffroy Saint-Hilaire chamou-a de “analogia”, foi usada por Charles Darwin como forte evidência de ascendência comum e de leis de variação. Os estudos de Goethe (notadamente com um crânio de elefante emprestado a ele por Samuel Thomas von Soemmerring) o levaram a descobrir independentemente o osso intermaxilar humano, também conhecido como “osso de Goethe”, em 1784, o qual Broussonet (1779) e Vicq d’Azyr (1780) haviam (usando métodos diferentes) identificado vários anos antes.[9] Embora não fosse o único em seu tempo a questionar a visão predominante de que esse osso não existia nos seres humanos, Goethe, que acreditava que os anatomistas antigos conheciam esse osso, foi o primeiro a provar sua existência em todos os mamíferos. O crânio do elefante que levou Goethe a essa descoberta, e posteriormente foi nomeado como Elefante Goethe, ainda existe e é exibido no Ottoneum em Kassel, Alemanha.

Durante sua jornada pela Itália, Goethe formulou uma teoria da metamorfose vegetal, na qual a forma arquetípica da planta pode ser encontrada na folha – ele escreve: “de cima para baixo, uma planta é toda folha, unida de maneira tão inseparável ao futuro broto que um não pode ser imaginado sem o outro”. Em 1790, ele publicou seu A Metamorfose das Plantas.[12] Como um dos muitos precursores na história do pensamento evolucionário, Goethe escreveu em História dos Meus Estudos Botânicos (1831):

As teorias botânicas de Goethe foram parcialmente baseadas em sua jardinagem em Weimar.

Goethe também popularizou o barômetro Goethe usando um princípio estabelecido por Torricelli. Segundo Hegel, “Goethe ocupou-se bastante com meteorologia; leituras de barômetro.interessaram-no particularmente… O que ele diz é importante: o principal é que ele forneça uma tabela comparativa de leituras barométricas durante todo o mês de dezembro de 1822, em Weimar, Jena, Londres, Boston, Boston, Viena, Töpel… Ele afirma deduzir que o nível barométrico varia na mesma proporção, não apenas em cada zona, mas que também apresenta a mesma variação em diferentes altitudes acima do nível do mar”.

Em 1810, Goethe publicou sua Teoria das Cores, que considerou sua obra mais importante. Nela, ele caracterizou contenciosamente a cor como resultante da interação dinâmica da luz e da escuridão através da mediação de um meio turvo. Em 1816, Schopenhauer desenvolveu sua própria teoria em Sobre a Visão e as Cores base nas observações fornecidas no livro de Goethe. Depois de traduzida para o inglês por Charles Eastlake em 1840, sua teoria tornou-se amplamente adotada pelo mundo da arte, principalmente por J. M. W. Turner.[18] O trabalho de Goethe também inspirou o filósofo Ludwig Wittgenstein, a escrever seu Remarks on Color (Anotações sobre as Cores). Goethe se opôs veementemente ao tratamento analítico da cor por Newton, empenhando-se em compilar uma descrição racional abrangente de uma ampla variedade de fenômenos de cores. Embora a precisão das observações de Goethe não admita muitas críticas, sua abordagem estética não se presta às exigências das análises analíticas e matemáticas usadas ubiquamente na ciência moderna. Goethe foi, no entanto, o primeiro a estudar sistematicamente os efeitos fisiológicos da cor, e suas observações sobre o efeito das cores opostas o levaram a um arranjo simétrico de sua roda de cores, ‘pois as cores diametralmente opostas uma à outra … são aquelas que reciprocamente se evocam nos olhos.’ (Goethe, Teoria das cores, 1810). Nisso, ele antecipou a teoria das cores oponentes de Ewald Hering (1872).[20]

Goethe descreve seu método no ensaio O experimento como mediador entre sujeito e objeto (1772). Na edição de Kurschner dos trabalhos de Goethe, o editor de ciências, Rudolf Steiner, apresenta a abordagem de Goethe à ciência como fenomenológica. Steiner elaborou isso nos livros The Theory of Knowledge Implicit in Goethe’s World-Conception[22] e Goethe’s World View, nos quais ele caracteriza a intuição como o instrumento pelo qual se apreende o arquétipo biológico de Goethe — O Typus.

Novalis, ele próprio um geólogo e engenheiro de minas, expressou a opinião de que Goethe foi o primeiro físico de seu tempo e “fazedor de época na história da física”, escrevendo que os estudos de luz de Goethe, da metamorfose de plantas e insetos eram indicações e provas “de que a palestra educacional perfeita pertence à esfera de trabalho do artista”; e que Goethe seria superado, ‘mas apenas da maneira em que os antigos podem ser superados, em conteúdo e força internos, em variedade e profundidade – como um artista, na verdade, não, ou apenas muito pouco, pois sua retitude e intensidade talvez já sejam mais exemplar do que parece’.

Goethe era um livre pensador que acreditava que alguém poderia ser interiormente cristão sem seguir nenhuma das igrejas cristãs, muitas das quais a cujos ensinamentos centrais ele se opunha firmemente, distinguia nitidamente entre Cristo e os princípios da teologia cristã e criticava sua história como uma “mistura de falácias” e violência”.[26] Suas próprias descrições de seu relacionamento com a fé cristã e até com a Igreja variaram muito e foram interpretadas ainda mais amplamente, de modo que enquanto Eckermann, o secretário de Goethe, retratava-o como entusiasmado com o cristianismo, Jesus, Martinho Luthero e a Reforma Protestante, até chamando o cristianismo de a “religião suprema”,[28][30] em uma ocasião Goethe se descreveu como “não anticristão, nem a-cristão, mas decididamente não cristão”, e em seu Epigrama Veneziano 66, Goethe listou o símbolo da cruz entre as quatro coisas que ele mais detestava.[32] Segundo Nietzsche, Goethe tinha “um tipo de fatalismo quase alegre e confiante” que tem “fé de que somente na totalidade tudo se redime e parece bom e justificado”.[34]

Nascido em uma família luterana, a fé inicial de Goethe foi abalada por notícias de eventos como o terremoto de 1755 em Lisboa e a Guerra dos Sete Anos. A preocupação de Goethe e a reverência por Spinoza são bem conhecidas na história do pensamento ocidental.[36][38][40] Ele foi uma das figuras centrais em um grande florescimento de um neo-espinozismo altamente influente[42][44] que ocorreu na filosofia e na literatura alemã do final do século XVIII e início do século XIX.[46][48] — esse foi o primeiro notável renascimento de Spinoza na história.[50] Como Lessing e Herder, em muitos aspectos, Goethe era um espinozista dedicado.[37][52][54] Como Heinrich Heine, Nietzsche menciona em seus escritos frequentemente Goethe e Spinoza como um par.[40] Sua perspectiva espiritual posterior incorporou elementos do panteísmo (fortemente influenciado pelo pensamento de Spinoza),[36][56] humanismo e vários elementos do esoterismo ocidental, como vistos com maior vivacidade na parte 2 de Fausto. Ele também era um panenteísta, como alguns outros spinozistas de destaque, pois buscou conciliar o monismo espinosiano com a liberdade individual e reconhece que a natureza está cheia de Deus, mas que a divindade é algo além.

Sua filosofia e crença foi amplamente influenciada pela filosofia grega, tendo estudado obras de Platão e do neoplatonismo, fortemente presente em sua poesia, e afirmado que Deus está em unidade com a Natureza como “o todo” que serve de fundamento ontológico para a multiplicidade, noção que ele afirma remontar à antiguidade, desde Plotino. Schelling também inspirou-lhe a conciliação de idealismo e realismo, refletida na sua poesia e ciência.[59] Um ano antes de sua morte, em uma carta a Sulpiz Boisserée, Goethe escreveu que tinha a sensação de que, durante toda a vida, aspirava a se qualificar como um dos hipsistarianos, uma antiga seita judaico-pagã da região do Mar Negro que, em seu entendimento, buscava reverenciar o que eles conheciam do melhor e mais perfeito, por estar próximo da Divindade.[61] As crenças religiosas não-ortodoxas de Goethe o levaram a ser chamado de “o grande pagão” e provocaram desconfiança entre as autoridades de seu tempo, que se opunham à criação de um monumento de Goethe por causa de seu credo religioso ofensivo. August Wilhelm Schlegel considerou Goethe “um pagão que se converteu ao Islã”,[62] o que deve ter sido notável na Europa devido à influência que recebeu do sufismo na obra do poeta persa Hafez, levando-o a publicar o Divã Ocidental-Oriental (West–östlicher Divan), e do Corão, tendo escrito uma narrativa sobre Maomé, além de outras citações em seus poemas.

Goethe era cético quanto a especulações metafísicas racionalistas. Acreditava que a razão humana era incapaz de compreender o mistério divino em sua inteireza. Após criticar Voltaire, nas Conversações com Goethe, de Eckermann, Goethe faz a seguinte afirmação sobre o homem:

Na mesma obra, a respeito do cristianismo, Goethe afirma, em seu último ano de vida:

Politicamente, Goethe descreveu-se como um “liberal moderado”. Crítico de Jeremy Bentham, a quem ele chamou de “louco”,[67] Goethe elogiava o liberalismo de François Guizot. Ademais, ele tinha grande respeito pelo trabalho de seus amigos liberais clássicos Wilhelm von Humboldt e Benjamin Constant. Seu liberalismo tinha aspectos conservadores, no sentido burkeano, enfatizando a prudência e a imperfeição. Nas Conservações com Goethe, de Eckermann, ele diz:

Defensor do federalismo, Goethe mostrava-se cético quanto aos benefícios de uma centralização do poder na Alemanha. Na mesma obra, ele diz:

Goethe era crítico da ideia de tornar a sociedade perfeita. Para ele, o correto era que cada cidadão buscasse o melhor em seu restrito campo de atividade, e não que os governantes implantassem soluções mirabolantes de melhoria social.

Goethe se torna conhecido em toda a Europa na ocasião da publicação de Os Sofrimentos do Jovem Werther. Já no século XIX, Goethe torna-se parte do cânone literário, sendo parte do currículo escolar desde 1860.

Goethe foi aclamado gênio no Segundo Reich e suas ideias foram fundamentais para a instauração da República de Weimar, após a Primeira Guerra Mundial. Já na Alemanha Nazista, sua obra fora deixada de lado, pois suas ideias humanistas não cooptavam a ideologia nazista.

Grande interessado em culturas, Goethe não deixou de observar aspectos da cultura brasileira. Em sua biblioteca constavam 17 títulos de obras que tratavam do Brasil, além de estarem registrados empréstimos de livros do tema na biblioteca de Weimar. Goethe conheceu canções tupinambás através da leitura de Dos Canibais de Montaigne e mantinha um intercâmbio de informações científico com Carl Friedrich Philipp von Martius, a quem costumava chamar de “o brasileiro Martius”. Esse e Ness Von Esenbeck o homenagearam batizando de Goethea cauliflora uma espécie de Malvaceae brasileira.

O escritor alemão Sylk Schneider, residente em Weimar, publicou o livro Goethes Reise nach Brasilien , no qual discute o interesse de Goethe pelo Brasil nos âmbitos poético, naturalista, mineralogista e também econômico. Edição brasileira aumentada em 2022.[73]

Na literatura, Goethe influenciou autores de renome como Machado de Assis e Guimarães Rosa.

Poemas famosos

Livros de poesia

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