Livros de William Faulkner 🔝

William Faulkner é, sem dúvidas, um dos maiores escritores da literatura moderna. Nascido em 1897, no estado do Mississippi, sua obra é caracterizada por uma escrita densa e complexa. Os elementos que compõem as suas narrativas, como a tempo, a memória, a identidade e a condição humana, revelam uma profunda reflexão sobre o ser humano e sua relação com o mundo.

Os livros de Faulkner já foram traduzidos em diversos idiomas e continuam a conquistar leitores ao redor do mundo. Sua escrita é um convite à reflexão e exige do leitor uma atenção constante. Neste artigo, vamos apresentar os melhores livros de William Faulkner, para que você possa se aprofundar ainda mais na obra deste grande autor.

Os 5 melhores livros de William Faulkner: 🥇 dicas de leitura


Autor: William Faulkner - Editor: Companhia das Letras - ASIN: 8535929428

"O som e a fúria" é uma obra-prima da literatura de William Faulkner. Com uma escrita complexa e envolvente, o autor retrata a decadência de uma família sulista nos Estados Unidos. A narrativa fragmentada e os fluxos de consciência dos personagens trazem profundidade à trama, explorando temas como raça, classe social e destino. Faulkner apresenta personagens cativantes e conflituosos, mergulhando o leitor em suas angústias e desejos. Através de diferentes vozes narrativas, o livro provoca reflexões sobre a estrutura da sociedade e a natureza humana. Uma leitura desafiadora, mas extremamente gratificante."

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Autor: William Faulkner - Editor: L&PM - ASIN: 8525418528

Enquanto Agonizo é uma obra-prima da literatura de William Faulkner. Com sua narrativa complexa e personagens memoráveis, o autor mergulha o leitor no interior da família Bundren, em uma jornada que envolve morte, desejo e redenção.

A temática da obra é profunda e a escrita de Faulkner é inegavelmente genial. Alternando as vozes dos personagens, o autor constrói uma narrativa polifônica que retrata as várias camadas da condição humana.

Com um estilo único, repleto de técnicas experimentais, Faulkner cria uma atmosfera densa e angustiante, que prende o leitor desde a primeira página até o impactante desfecho. Enquanto Agonizo é um livro que desafia e emociona, uma verdadeira obra-prima da literatura moderna.

Avaliação: 9.3

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Autor: William LivroFaulkner - Editor: Companhia das Letras - ASIN: 8535932585

Absalão, Absalão! de William Faulkner é uma obra-prima literária que exibe a genialidade do autor em sua plenitude. A narrativa intricada e fragmentada, permeada por múltiplas perspectivas, retrata a história da decadente família Sutpen no sul dos Estados Unidos. Faulkner habilmente explora temas como raça, classe e herança, revelando as profundezas da psique humana.

Através de sua prosa densa e poética, o autor cria personagens complexos e ambíguos, cada um contribuindo para um quebra-cabeça narrativo que desafia o leitor. O uso de flashbacks, analepses e elipses adiciona camadas de significado à trama, enquanto a escrita eloquente e evocativa cativa e transporta o leitor para o mundo fictício de Yoknapatawpha.

Absalão, Absalão! é um desafio intelectual e emocional que exige dedicação, paciência e uma mente aberta. Apesar disso, a recompensa é imensa: uma experiência literária profunda e reveladora que permanece com o leitor muito tempo depois de ter virado a última página. Sem dúvida, uma obra-prima da literatura mundial e um testemunho do brilhantismo de Faulkner como escritor.

Avaliação: 9.3

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Autor: William Faulkner - Editor: Nova Fronteira - ASIN: 6556400459

Uma Fábula - Coleção Clássicos de Ouro, do renomado autor William Faulkner, é uma obra-prima da literatura. A narrativa envolvente e complexa mergulha o leitor em um cenário de guerra, explorando temas profundos como redenção, sofrimento e a natureza humana.

Faulkner demonstra sua autoridade literária através de uma escrita magistral, repleta de metáforas e simbolismos. A construção dos personagens é minuciosa, permitindo ao leitor um profundo vínculo emocional com cada um deles.

As camadas de significado presentes nessa obra são impressionantes, levantando questões sobre moralidade e responsabilidade. Através de reviravoltas surpreendentes, Faulkner desafia o leitor a refletir sobre a própria existência e os dilemas humanos.

Uma Fábula é um livro que exige atenção e dedicação, mas recompensa com uma experiência literária incomparável. É uma leitura obrigatória para amantes de literatura clássica e para aqueles que buscam desafiar sua própria compreensão do mundo.

Avaliação: 8.7

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Autor: ModernaAutor Biblioteca - Editor: Modern Library - ASIN: 0679600175

A obra "O Som e a Fúria: O Texto Corrigido com o Apêndice de Faulkner" de ModernaAutor Biblioteca é uma leitura essencial para os amantes da literatura. Com uma narrativa envolvente e complexa, o livro apresenta uma família disfuncional através de diferentes perspectivas temporais. A escrita de Faulkner é magistral e a edição corrigida proporciona uma compreensão mais clara da história, tornando-a ainda mais cativante. Recomendo esta obra para quem busca desafios literários enriquecedores e uma experiência imersiva inesquecível.

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Conclusão

William Faulkner foi um dos mais importantes escritores do século XX. Suas obras são atemporais e abordam temas complexos como raça, gênero e classe. Neste artigo, destacamos alguns dos seus melhores livros, que servem como uma excelente introdução à sua obra. A leitura de Faulkner é um exercício de excelência literária que deve ser apreciado por todos que amam a literatura.

Outras informações

William Cuthbert Faulkner (New Albany, 25 de setembro de 1897 — Byhalia, 6 de julho de 1962) foi um escritor norte-americano, considerado um dos maiores romancistas do século XX.

Recebeu o Nobel de Literatura de 1949. Posteriormente, ganhou o National Book Awards em 1951, por Collected Stories e em 1955, pelo romance Uma Fábula. Foi vencedor de dois prémios Pulitzer de Ficção, o primeiro em 1955 por Uma Fábula e o segundo em 1962 por Os Desgarrados.

Utilizando a técnica do fluxo de consciência, consagrada por James Joyce, Virginia Woolf, Marcel Proust e Thomas Mann, Faulkner narrou a decadência do sul dos Estados Unidos, interiorizando-a em seus personagens, a maioria deles vivendo situações desesperadoras no condado imaginário de Yoknapatawpha. Por muitas vezes descrever múltiplos pontos de vista (não raro, simultaneamente) e impor bruscas mudanças de tempo narrativo, a obra faulkneriana é tida como extremamente complexa e desafiadora.

Faulkner nasceu trinta anos após o sul dos Estados Unidos ter sido derrotado na Guerra da Secessão. Antes, toda a região apresentava uma rígida estrutura social, construída sob a supremacia dos brancos de origem inglesa e religião protestante; assim sendo, a tradição puritana e colonial marcou-o em todos seus aspectos econômicos, políticos e religiosos. Em 1861, com a Guerra da Secessão, desmorona todo um universo familiar a negros e brancos. Durante quatro anos, o sul é devastado, desfazem-se a delicadeza e as maneiras gentis e instaura-se a degeneração moral e física dos poor white (“brancos pobres”) e das famílias arruinadas pela abolição. Faulkner cresceu em meio a esse ambiente, que se refletiu marcadamente em sua obra. Não tentou escrever nem reproduzir a situação do sul decadente. Ao contrário, procurou refazê-la, reconstruí-la. Através de uma incansável reconstituição de fatos e pessoas, trabalhou em busca das raízes profundas.

Faulkner descendia de antiga e ilustre família sulista à qual pertencem diversos políticos. Seu avô, William C. Falkner (o u foi acrescentado pelo escritor) foi herói da guerra civil, construiu uma linha de estrada de ferro e foi morto depois de sair vencedor de uma eleição local. Ele é retratado pelo autor como o velho Coronel Sartoris do romance Sartoris (1929) e em várias novelas. Também seu avô, banqueiro, e seu pai, comerciante, são transformados em personagens em algumas novelas e em Os Desgarrados.

Faulkner abandonou os estudos para trabalhar no banco do avô. Propenso à melancolia e à solidão, escrevia poemas, lia e tentava pintar, mas era amigo de Phil Stone, advogado que tinha relações com os jovens escritores T. S. Eliot, Robert Frost, Ezra Pound e Sherwood Anderson. Por medir somente um metro e sessenta centímetros de altura, Faulkner foi recusado pelo serviço militar americano e acabou por alistar-se na Força Aérea canadense, mas não chegou a participar da Primeira Guerra Mundial na Europa.

Depois de passar um ano na Universidade do Mississippi, em Oxford, onde estudou inglês, francês e espanhol, Faulkner foi trabalhar em uma livraria em Nova York. Logo estava de volta a Oxford, onde exerceu as profissões de carpinteiro, pintor de paredes e chefe dos Correios e publicou seu primeiro livro, a coletânea de poemas The Marble Faun, (1924). No ano seguinte, partiu para Nova Orleans, onde conheceu Sherwood Anderson, a única influência literária que ele admite ter tido. Escreveu artigos para jornais e revistas e publicou o primeiro romance, Paga de Soldado (1926).

Tendo se estabelecido definitivamente em Oxford, Faulkner casou-se com Estela Oldham em 1929 e publicou Sartoris, a primeira obra passada no mítico Condado de Yoknapatawpha, cenário da maior parte de suas obras subsequentes. Nos anos seguintes publicou seus principais livros, aqueles com os quais receberia, lentamente, o respeito da crítica, mas não o favor dos leitores: de toda sua produção, somente Santuário (1931) e Os Desgarrados foram sucesso de público. Passou a intercalar períodos de recolhimento com outros em Hollywood, com quem sempre teve uma relação conturbada, mas a quem recorria quando precisava de dinheiro. Lá trabalhou como roteirista, habitualmente com Howard Hawks. Comprou uma fazenda com o que ganhou no cinema, em 1936, mas passava o tempo caçando, pescando e ouvindo as lendas das pessoas humildes de sua terra.

Viajou pelo Japão, França e Filipinas, participando de encontros de escritores ou dando palestras. Foi nomeado Escritor Residente da Universidade de Virgínia, onde passou a viver parte do ano. Em 1950, enquanto arava a terra, recebeu a notícia de que ganhara o Prêmio Nobel referente ao ano anterior. Eterno tímido, costumava dizer que preferia a companhia de seus amigos caçadores e da gente simples de sua fazenda ao brilho das rodas literárias. Tornara-se escritor movido por uma força interior que lhe proporcionava, nos melhores momentos, alçar-se à altura de seus autores prediletos: James Joyce, Cervantes, Herman Melville, Honoré de Balzac, Charles Dickens, Dostoiévsky, Tolstói, Thomas Mann, Gustave Flaubert, Joseph Conrad, Goethe e os poetas românticos ingleses. Afirmava que não saía de casa sem levar Shakespeare em um bolso e o Antigo Testamento em outro.

Faulkner faleceu de complicações cardíacas em 6 de Julho de 1962, logo depois de lançar seu último romance, “Os Desgarrados”.

A ação da maioria da obra de Faulkner transcorre no fictício Condado de Yoknapatawpha. Sua área e localização geográfica, no extremo norte do estado de Mississippi, correspondem praticamente ao Condado de Lafayette, cuja cidade principal, Oxford, serviu de modelo para Jefferson, a sede de Yoknapatawpha. Nas poucas vezes em que escolheu um cenário diferente, Faulkner produziu obras menores, sem a força de seus grandes momentos.

Estilisticamente, a literatura de Faulkner se caracteriza por uma escrita complexa, com longos parágrafos aninhando longos períodos com pontuação irregular, esparsa, senão inexistente, intercalados não raras vezes por parênteses e travessões que acolhem outros longos períodos. Essa maneira de escrever, típica do chamado “fluxo de consciência” (do inglês stream of consciousness), inaugurada por Proust e refinada por Joyce, Woolf e outros escritores identificados com o Modernismo, exige do leitor profunda cumplicidade e aguda capacidade de concentração. Por isso, aconselha-se que o primeiro contato com sua obra deva ser feito através de seus contos ou de romances mais acessíveis, como “Santuário” e, de certa forma, “Os Desgarrados”.

Inspirado pela Comédia Humana de Balzac, Faulkner utilizou a técnica do retorno de personagens, que aparecem em épocas diferentes de suas vidas: o velho Bayard Sartoris, apresentado em Sartoris é o personagem/narrador das histórias de Os Invencidos (1938), em situações que remontam à sua infância; Quentin Compson suicida-se em O Som e a Fúria (1929) e reaparece em outro estágio de sua vida em Absalão! Absalão! (1936); e assim com inúmeros outros, ora como personagens principais, ora como coadjuvantes, em romances ou contos. A se notar, ainda, a repetição de nomes para designar pessoas diferentes dentro da mesma família (ou não!), como os dois Bayard, avô e neto, de Sartoris e os dois Jason, pai e filho, de O Som e a Fúria; e há pelo menos um caso em que o mesmo nome é dado a pessoas de sexos diferentes: também em O Som e a Fúria, “Quentin” é tanto o nome do irmão quanto da filha de Caddy.

A obra de Faulkner pode ser dividida em três períodos (estudiosos há que reconhecem apenas dois, fundindo o primeiro e o segundo em um só):

O primeiro, de aprendizado, é formado pelas criações iniciais, abrigando, inclusive, Sartoris e alguns contos de These Thirteen. Aqui, ainda é grande a influência da literatura do final do século XIX, principalmente dos poetas Tennyson e Swinburne e do periódico literário inglês da década de 1890 Yellow Book, com sua linguagem elegante e estilizada.

O segundo, e mais importante, começa com O Som e a Fúria e se alonga até Palmeiras Selvagens (1939). É o período em que o autor encontra seu caminho, com obras violentas, austeras, plenas de horror, mas onde não falta, por vezes, uma comicidade exacerbada. É aqui que Faulkner desenvolve seu estilo avassalador, com frases longas e muitas vezes obscuras que se espalham pela página inteira e que obrigam o leitor a guardar detalhes ínfimos, que só terão explicação em um desenlace eventualmente frustrante, porém inexorável. Esta é a fase das experimentações, com histórias diferentes correndo em paralelo, um mesmo fato sendo contado por várias personagens alternadamente, contos encadeados até formar um romance (técnica já utilizada por Sherwood Anderson em A Verdade de Cada Um/Winesburg Ohio, 1919), o mundo sendo mostrado pelos olhos de um idiota, o desnudamento do turbilhão desconexo a atormentar o suicida às vésperas do gesto fatal. Aqui se encontram as narrativas trágicas da decadência moral e material de famílias inteiras, como os Snopes, os Compson, os Sutpen e os Sartoris, da derrocada inevitável de um Sul imerso em um passado glorioso atropelado pela História, a maldição do sangue, o preconceito racial.

No terceiro período, iniciado por A Aldeia (1940) e que vai até Os Desgarrados, Faulkner vislumbra alguma esperança para a condição humana, esperança esta que já transparecia na última história de Os Invencidos, quando Bayard Sartoris se recusa a vingar a morte do pai. Faulkner também demonstra uma certa desilusão com os negros, que ele esperava fossem menos passivos ante a condição sub-humana a que estavam relegados, principalmente nos estados do Sul. Por outro lado, a escrita do autor torna-se cada vez mais rebuscada, como se Faulkner se tornasse prisioneiro de seu próprio estilo. Outra característica é a abertura para o humor de A Mansão (1959) e Os Desgarrados e a narrativa de cunho policial e sociológico de O Intruso (1948) e dos contos de Knight’s Gambit, 1949.

A obra de Faulkner forneceu o roteiro para vários filmes. Destes, pelo menos O Mercador de Almas tornou-se um clássico, graças ao diretor Martin Ritt e ao elenco, encabeçado por Paul Newman, Joanne Woodward e Orson Welles.

No entanto, deu-se também o caminho inverso: a partir da década de 1930, sempre que precisava de dinheiro, Faulkner ia a Hollywood ajudar na elaboração de roteiros, geralmente para filmes de Howard Hawks. Alguns deles ainda hoje são reverenciados pela crítica, como À Beira do Abismo e Uma Aventura na Martinica. O primeiro é baseado no romance do mesmo nome, assinado por Raymond Chandler, e o segundo em Ter e Não Ter, de Ernest Hemingway.

Da convivência de Faulkner com o cinema resultaram várias anedotas, entre elas a que diz que, ao ser apresentado a Clark Gable, na época o indiscutível “Rei de Hollywood”, este lhe teria perguntado: “Muito bem, Sr. Faulkner, o que o senhor faz para viver?” Ao que o escritor teria respondido: “Eu escrevo romances. E o senhor?”

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