Como um dos nomes mais influentes da psicologia infantil, Jean Piaget é um autor que merece ser explorado e estudado. Seus estudos revolucionaram a forma como entendemos o desenvolvimento cognitivo das crianças, e foram fundamentais para a elaboração de teorias educacionais e pedagógicas mais eficientes.
Neste texto, selecionamos alguns dos melhores livros de Jean Piaget, para que você possa se aprofundar em suas ideias e compreender a importância do seu trabalho. Com uma linguagem clara e objetiva, o autor explica suas teorias de forma detalhada, possibilitando uma compreensão mais ampla do funcionamento do cérebro humano. Se você busca um conhecimento sólido e embasado sobre a psicologia infantil, não deixe de conferir esta lista!
Indice
- 1 Os 5 melhores livros de Jean Piaget: 🥇 nossas indicações
- 1.1 #1 - A Formação do Símbolo na Criança: Imitação, Jogo e Sonho, Imagem e Representação
- 1.2 #2 - A Psicologia da inteligência
- 1.3 #3 - Relações Entre a Afetividade e a Inteligência no Desenvolvimento Mental da Criança
- 1.4 #4 - Piaget, Vigotski, Wallon: Teorias psicogenéticas em discussão
- 1.5 #5 - Epistemologia genética
- 2 Livros de Jean Piaget em oferta
- 3 Melhor livro de Jean Piaget: nossa escolha
- 4 Conclusão
- 5 Outras informações
Os 5 melhores livros de Jean Piaget: 🥇 nossas indicações
Autor: Jean PIAGET - Editor: LTC - ASIN: 8521617615
A obra "A Formação do Símbolo na Criança: Imitação, Jogo e Sonho, Imagem e Representação", de Jean Piaget, é um clássico da psicologia do desenvolvimento. O autor aborda de maneira profunda e detalhada o processo de formação do pensamento simbólico na criança, explorando temas como a imitação, o jogo, o sonho, a imagem e a representação.
Com base em sua extensa pesquisa, Piaget oferece uma visão pioneira sobre como a criança constrói sua compreensão do mundo através de símbolos e representações mentais. Sua abordagem interdisciplinar integra aspectos da psicologia, filosofia, biologia e sociologia, fornecendo uma base sólida para compreender o desenvolvimento cognitivo infantil.
Escrito de forma acessível, mesmo para leitores não especializados, este livro é uma leitura indispensável para estudantes, profissionais e pais interessados em compreender as complexidades do processo de desenvolvimento infantil e sua relação com a construção simbólica. A obra continua relevante e influente até os dias de hoje, conferindo ao autor uma autoridade inquestionável no campo da psicologia do desenvolvimento.
Autor: Jean Piaget - Editor: Editora Vozes - ASIN: B00FOVX7NC
A Psicologia da inteligência é uma obra fundamental de Jean Piaget, um renomado psicólogo suíço. Neste livro, Piaget explora de forma detalhada e brilhante o processo de desenvolvimento da inteligência desde a infância até a idade adulta. Através de uma abordagem científica e baseada em pesquisa, o autor descreve os estágios cognitivos pelos quais as crianças passam e como suas capacidades mentais evoluem. Seus insights revolucionários sobre a construção do conhecimento e a relação entre a mente e o ambiente são de grande relevância para a compreensão do desenvolvimento humano. A leitura de A Psicologia da inteligência certamente enriquecerá a compreensão do leitor sobre o funcionamento da mente humana, tornando-se uma referência essencial no campo da psicologia e da educação.
Autor: Jean Piaget - Editor: Wak - ASIN: 8578542797
A obra "Relações Entre a Afetividade e a Inteligência no Desenvolvimento Mental da Criança" de Jean Piaget é um livro fundamental para compreender o desenvolvimento cognitivo e emocional das crianças. O autor, renomado psicólogo e epistemólogo suíço, apresenta uma análise profunda sobre a interação entre afetividade e inteligência, mostrando como esses aspectos influenciam-se mutuamente durante a infância.
Piaget discute de forma clara e precisa a importância do afeto no processo de construção do conhecimento, enfatizando que as emoções têm um papel crucial na forma como as crianças aprendem e se desenvolvem. Ele explora os estágios do desenvolvimento mental, buscando entender como as crianças constroem seus conhecimentos a partir de suas experiências e interações sociais.
Com base em pesquisas e estudos empíricos, o autor apresenta exemplos concretos e situações práticas que ilustram suas teorias. Além disso, Piaget oferece uma análise crítica das teorias existentes na época, confrontando-as com suas próprias descobertas e propondo um novo olhar sobre a relação entre afetividade e inteligência.
Em suma, "Relações Entre a Afetividade e a Inteligência no Desenvolvimento Mental da Criança" é uma leitura indispensável para estudiosos, profissionais da área da educação e pais interessados em compreender e auxiliar no desenvolvimento das habilidades cognitivas e emocionais das crianças. As ideias de Piaget continuam relevantes e são fundamentais para a construção de uma educação mais efetiva e respeitosa com as particularidades de cada criança.
Autor: La Livrode - Editor: Summus Editorial - ASIN: 8532311261
O livro "Piaget, Vigotski, Wallon: Teorias psicogenéticas em discussão", de La de, é uma obra de referência indispensável para quem deseja aprofundar seus conhecimentos sobre as teorias psicogenéticas desses três renomados autores. Ele apresenta de forma clara e objetiva as principais ideias e conceitos propostos por Piaget, Vigotski e Wallon, destacando suas contribuições para a compreensão do desenvolvimento cognitivo e socioemocional das crianças.
A autora demonstra autoridade e competência ao explorar minuciosamente as teorias de cada um, discutindo suas semelhanças, diferenças e complementaridades. Além disso, suas análises críticas são fundamentais para uma compreensão mais ampla das propostas teóricas, permitindo ao leitor refletir sobre suas aplicações práticas no contexto educacional e psicológico.
A linguagem acessível e a organização didática do livro facilitam a leitura e o entendimento, tornando-o adequado tanto para estudantes e pesquisadores da área, quanto para profissionais que desejam atualizar seus conhecimentos. "Piaget, Vigotski, Wallon: Teorias psicogenéticas em discussão" é, portanto, uma valiosa contribuição para o campo da psicologia do desenvolvimento, oferecendo uma visão abrangente e aprofundada dessas teorias psicogenéticas.
Autor: Jean Piaget - Editor: WMF Martins Fontes - POD - ASIN: 8578275764
Epistemologia genética, escrito por Jean Piaget, é um livro fundamental para o estudo da psicologia do desenvolvimento. Nesta obra, Piaget explora sua teoria sobre o desenvolvimento cognitivo das crianças, apresentando sua proposta de que o conhecimento é construído ativamente pelo indivíduo.
Piaget utiliza seu conhecimento profundo sobre o desenvolvimento infantil para explicar como as crianças constroem seu entendimento do mundo ao seu redor por meio de experiências sensoriais e interações sociais. Sua abordagem revolucionou a psicologia, ao desafiar o pensamento anterior que considerava as crianças como meros receptores de informações.
Com uma escrita clara e acessível, Piaget explora os estágios do desenvolvimento infantil, desde a infância até a adolescência, fornecendo exemplos concretos e estudos de caso que sustentam suas ideias. Epistemologia genética é uma obra indispensável para estudantes e profissionais interessados em compreender os processos envolvidos na construção do conhecimento humano.
Livros de Jean Piaget em oferta
Melhor livro de Jean Piaget: nossa escolha
Selecionar o melhor livro de Jean Piaget pode ser um pouco mais complicado do que voce acredita. Dito isso, com base em nosso julgamento, A Formação do Símbolo na ao preço de R$ 126,24 resulta o melhor livro de Jean Piaget presente online:

A Formação do Símbolo na Criança: Imitação, Jogo e Sonho, Imagem e Representação
- PIAGET, Jean (Author)
- 340 Pages - 07/12/2010 (Publication Date) - LTC (Publisher)
Conclusão
Em conclusão, os livros de Jean Piaget continuam sendo uma referência fundamental em estudos sobre psicologia do desenvolvimento. Sua abordagem inovadora e suas teorias sobre o desenvolvimento cognitivo das crianças mudaram a forma como pensamos sobre a educação e criar filhos.
Se você é um estudante de psicologia, educador ou pai/mãe, ler os livros de Piaget é uma maneira efetiva de ampliar seus conhecimentos sobre o desenvolvimento infantil. Sua obra é uma verdadeira fonte de inspiração para quem busca compreender e promover o desenvolvimento cognitivo de suas crianças.
Outras informações
Jean William Fritz Piaget (Neuchâtel, 9 de agosto de 1896 – Genebra, 16 de setembro de 1980) foi um biólogo, psicólogo e epistemólogo suíço, considerado um dos mais importantes pensadores do século XX. Defendeu uma abordagem interdisciplinar para a investigação epistemológica e fundou a Epistemologia Genética, teoria do conhecimento com base no estudo da gênese psicológica do pensamento humano.[1]
Estudou inicialmente biologia na Universidade de Neuchâtel onde concluiu o seu doutorado e, posteriormente, se dedicou à área de Psicologia, Epistemologia e Educação. Foi professor de psicologia na Universidade de Genebra de 1929 a 1954, e tornou-se mundialmente reconhecido pela sua revolução epistemológica. Durante sua vida Piaget escreveu mais de cinquenta livros e diversas centenas de artigos.
Piaget também teve um considerável impacto no campo da ciência da computação. Seymour Papert usou o trabalho de Piaget como fundamentação ao desenvolver a linguagem de programação Logo. Alan Kay usou as teorias de Piaget como base para o sistema conceitual de programação Dynabook, que foi inicialmente discutido em Xerox PARC. Estas discussões levaram ao desenvolvimento do protótipo Alto, que explorou pela primeira vez os elementos do GUI, ou Interface Gráfica do Usuário, e influenciou a criação de interfaces de usuário a partir dos anos 1980.
Em 1919, viaja para Paris, onde estuda na Sorbonne e faz estágios no Hospital da Salpetrière de no Hospital Sainte-Anne. Durante sua estadia em Paris, Piaget conhece Théodore Simon, que o convida a padronizar um dos testes de inteligência de Cyril Burt, desenvolvidos na Inglaterra, experiência que lhe permitiu delimitar um campo de estudos empíricos: o pensamento infantil e o raciocínio lógico.
Em 1921 é convidado por Édouard Claparède para trabalhar no Instituto Jean-Jacques Rousseau, em Genebra. O nascimento dos seus três filhos, entre 1925 e 1931, amplia seu convívio diário com a “criança pequena” e possibilita o registro de observações que geram novas hipóteses sobre as origens da cognição humana.
Filho de Artur Piaget, professor doutor de língua e literatura medievais, e de Rebecca Suzane, uma das primeiras socialistas suíças, Piaget vive sua infância e adolescência em Neuchâtel onde, aos onze anos de idade (1907), publica o primeiro relato sobre um pardal albino.[4] Nesse mesmo ano, torna-se auxiliar de Paul Godet, especialista em malacologia e diretor do Museu de História Natural da cidade. Aos catorze anos, o jovem Piaget ingressa no “Clube dos Amigos da Natureza[nota 2] e em 1911 escreve os primeiros artigos sobre “taxonomia malacológica” para revistas especializadas.[6]
Influenciado por sua mãe, Piaget frequenta a Igreja Independente de Neuchâtel (protestante) no mesmo ano em que inicia a leitura da obra de Henri Bergson, que o influenciou de maneira duradoura, e é envolvido por leituras variadas de filosofia e psicologia. Assiste às aulas de lógica, metodologia científica e psicologia. Confuso, Piaget vive um momento que opõe religião e ciência e se vê impelido a escolher a fé ou o conhecimento.
Na filosofia de Bergson, busca um caminho possível para o conhecimento científico e a análise crítica da origem do conhecimento e descobre a epistemologia.
Em um contexto de guerra (1915), Piaget conclui os estudos secundários, ingressa na Faculdade de Ciências da Universidade de Neuchâtel e publica A Missão da Ideia. Filia-se à Federação Socialista Cristã, em 1917. Em 1918, obtém o bacharelado em ciências naturais para, em seguida, finalizar a sua tese: Introdução à Malacologia da Região do Valais.
Entre 1915 e 1917, problemas de saúde o obrigam a estadias em Leysin. Piaget retoma, então, o dilema entre ciência e fé e, em 1918, escreve o romance filosófico e autobiográfico: Recherche – (“expressão que em francês tem um duplo sentido – “busca” e “pesquisa”).
Nesse período, Piaget busca uma formação em psicologia e vai para Zurique. Lá, conhece Eugène Bleuler, então diretor em uma clínica psiquiátrica, e seu assistente Carl Gustav Jung. A perspectiva psicanalítica não o entusiasma e, em 1919, retoma seus estudos em malacologia e viaja para Paris. Na Sorbonne, conhece grandes nomes da psicologia e psicopatologia como Pierre Janet e Léon Brunschvicg. A estadia em Paris (1919-1921) se revela importante especialmente pelo encontro com Théodore Simon, que lhe possibilita investigar o pensamento infantil, e descobre na criança pequena uma forma própria de raciocínio. Estas pesquisas resultam na publicação de três artigos. Suas primeiras pesquisas em psicologia, como coordenador do Instituto Jean-Jacques Rousseau, resultam em um ciclo de cinco publicações: A linguagem e o pensamento na criança (1923); O raciocínio da criança (1924); A representação do mundo na criança (1926); A causalidade física na criança (1927); e O julgamento moral na criança (1931). Esta fase, sobretudo por apresentar a criança como sujeito da razão, “ainda que de uma razão própria”, desperta interesse de estudiosos e Piaget é convidado para expor suas ideias em universidades europeias e norte-americanas. Logo a seguir, Piaget participa de um Congresso Internacional de Psicanálise, em Berlim, com um trabalho sobre “o pensamento simbólico infantil”. Com o livro A linguagem e o pensamento na criança Piaget apresenta um quadro do processo de aprendizado infantil. Qualificada como uma “coletânea de estudos preliminares”, tornou-se o início de uma obra influente sobre o desenvolvimento humano.[7]
Além de suas pesquisas, Piaget mantém atividades como professor e assume as cadeiras de “Filosofia da Ciência, de Psicologia e de Sociologia” na Universidade de Neuchâtel. Em 1929, assume também a cadeira de “História do Pensamento Científico”, e continua ensinando “Psicologia da Criança” no Instituto Jean-Jacques Rousseau. É também nesse ano que Piaget assume a direção do Bureau International de L’Education, vinculado à Unesco. A década de 1920 é representativa, também, na vida pessoal de Piaget. Em 1924, casa-se com Valentine Châtenay, com quem tem três filhos: Jacqueline (1925), Lucienne (1927) e Laurent (1931).
Através da minuciosa observação dos seus filhos e principalmente de outras crianças, Piaget impulsionou a Teoria Cognitiva, onde propõe a existência de quatro estágios de desenvolvimento cognitivo no ser humano: os estágios:
inteligência sensório-motora: inteligência prática, manifesta em ações. Esquemas de ação, ”conceitos” sensório-motores, início da construção das categorias de objeto, espaço, tempo e causalidade. Da indiferenciação eu-mundo exterior ao reconhecimento de objeto, espaço, tempo, causalidade.
Pré-operatória: Pensamento indutivo, presença do animismo e do artificialismo no raciocínio, egocentrismo. Indiferenciação entre o ponto de vista próprio e o dos outros, rigidez e irreversibilidade do pensamento. Interesse como prolongamento da necessidade, sentimentos de respeito(afeição +temor) pelos mais velhos, obediência, moral heteronôma.
Operatório concreto: Passagem intuição á lógica do concreto, início da descentração. Aquisição da capacidade de perceber a reversibilidade das operações, explicações causais, noções de permanência de substância, peso e volume. Sentimentos de respeito mútuo e de justiça (distributiva e retributiva), moral da cooperação(correlata á lógica da reversibilidade ), aparecimento da vontade como regulação da ação.
Operatório formal ou abstrato: Acesso á lógica operatória abstrata, descentração se completa. Pensamento proposicional e hipotético-dedutivo, esquemas formais de lógica combinatória e de proporções. Construção da autonomia.
Piaget influenciou a educação de maneira profunda. Para ele, as crianças só podiam aprender aquilo para qual estavam preparadas a assimilar. Aos professores, caberia aperfeiçoar o processo de descoberta dos alunos.
Nessa fase, Piaget conclui suas pesquisas com Barbel Inhelder e Alina Szeminska e investiga a gênese psicológica das “estruturas do pensamento” nas diversas áreas do conhecimento científico, diferentemente do estudo do pensamento infantil – a partir de sua expressão verbal – nos anos 1920. Agora, as entrevistas propõem problemas concretos e envolvem a possibilidade de a criança agir sobre os objetos, manipulando brinquedos, massinha de modelar, líquidos, flores.[5]
Esses estudos abrangem temas diversos e resultam, cada qual, em uma publicação: O desenvolvimento das quantidades físicas (1941) – estuda os “invariantes físicos”: massa, peso, volume; A gênese do número (1941); A noção de tempo na criança (1946); A geometria espontânea na criança (1948); A representação do espaço na criança (1948); e, entre tantos, destaca-se no período A gênese das estruturas lógicas elementares (1959) – que focaliza classificação e seriação, e Da lógica da criança à lógica do adolescente (1955) – que trata das “operações formais”. O experimento com as crianças e os vários temas abordados são definidos a partir de uma discussão epistemológica em torno de cada uma das noções científicas estudadas. Nesse processo, as diferenças individuais entre uma criança e outra não são destacadas, mas sim o processo de desenvolvimento das “estruturas operatórias” que caracterizam o pensamento científico. Convicto de que o desenvolvimento intelectual dá-se em estágios determinados, Piaget aborda em seus livros temas como as “estruturas operatórias” e demonstra o “sujeito epistêmico” como sendo o conjunto de características comuns a todas as crianças de um mesmo estágio de desenvolvimento.
Piaget continua atuando como professor de Psicologia experimental e Sociologia na
Universidade de Lausanne (1938-1951) e na Universidade de Genebra (Psicologia Experimental), quando sucede Edouard Clapèrede (1940). Durante a Segunda guerra mundial (1942), ministrou no Collège de France conferências que foram depois reunidas na publicação “A psicologia da inteligência” (1947).
Em 1950, pública sua primeira síntese epistemológica – “Introdução à Epistemologia Genética” em três volumes: O pensamento matemático (volume I), O pensamento físico (volume II), e O pensamento biológico, psicológico e sociológico (volume III). Na mesma década, a partir da criação do Centro Internacional de Epistemologia Genética (CIEG) em 1955, intensifica o estudo e a investigação interdisciplinar, com a colaboração de pesquisadores de diversas áreas do conhecimento (lógica, física, matemática, psicologia, biologia, sociologia, epistemologia) e promove discussões acerca dos diversos pontos de vista e pesquisas com crianças. O resultado desse esforço é reunido nos Estudos de Epistemologia Genética, publicados anualmente entre 1955 e 1980.
Na educação, enquanto pedagogista, Piaget utiliza sua “teoria dos “estágios” para contrapor o ensino tradicional, autoritário, herdado do século XIX. A Escola Nova critica, sobretudo no início do século XX, o ensino onde “o professor dita e o aluno copia e repete” – Paulo Freire chama-o de “educação bancária”. Na medida em que critica essa educação tradicional, Piaget é interpretado equivocadamente como um não “diretivista”, um “espontaneísta”: “Se o diretivismo entende que o professor ensina e o aluno aprende, o não diretivismo põe o ensino na berlinda e passa a pregar que a criança aprende por si mesma.” A ideia piagetiana de interação não foi aceita nos moldes da escola tradicional.
A partir da trilogia: O nascimento da inteligência na criança; A construção do real na criança; A formação do símbolo na criança – Piaget relata seus estudos sobre o desenvolvimento cognitivo para demonstrar que “a capacidade cognitiva humana nasce e se desenvolve, não vem pronta”. Dessa forma, marca oposição ao behaviorismo por um lado, e à Gestalt por outro, quando afirma que o conhecimento tem origem na interação “sujeito-objeto”. A ideia piagetiana de capacidade cognitiva, então, propõe que o conhecimento não nasce no sujeito, nem no objeto, mas origina-se da interação “sujeito-objeto”.[11]
Piaget desenvolveu em suas pesquisas a teoria da construção do conhecimento, mais conhecida como Epistemologia genética, seu foco principal foi o sujeito Epistemológico o qual foi estudado pelo método clínico desenvolvido pelo próprio Piaget. A teoria explica como o conhecimento é adquirido e montado em nossa psiquê, desde a primeira infância até a maturescência humana. A obra deste estudioso é reconhecida em todo mundo, pois contribui para compreensão da formação e construção do intelecto.
Através desta teoria, diversas propostas de educação, diferenciadas para crianças em cada uma das fases, surgiram, todas com a pretensão de melhorar a educação através das características específicas de cada uma destas fases observadas, por Piaget, em seus estudos. Ao entender como acontece o processo de construção do conhecimento pode-se desenvolver métodos pedagógicos mais eficientes afim de aperfeiçoar ou substituir os sistemas de ensino já existentes. Como exemplo, um de seus alunos, Reuven Feuerstein, desenvolveu a Teoria da modificabilidade cognitiva estrutural. Esta afirma que a inteligência humana pode ser estimulada e que qualquer indivíduo, independente de idade e mesmo considerado inapto, pode adquirir a capacidade de aprender.
Piaget mantém seus compromissos internacionais junto ao Gabinete Internacional de Educação. Em 1952, é convidado para ensinar na Sorbonne – ocasião em que trata, entre outros, do tema das relações entre inteligência e afetividade. Dois anos depois, assume a presidência da União Internacional de Psicologia Científica (1954-1957).
Em 1936, recebe o primeiro título de “doutor honoris causa” pela Universidade Harvard. A Sorbonne e a Universidade Federal do Rio de Janeiro – 1946 e 1949, respectivamente – lhe conferem o mesmo título, ato que se repete por mais de trinta universidades em todo o mundo.
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