Rubem Fonseca é um dos escritores mais renomados e respeitados da literatura brasileira contemporânea. Com mais de 50 anos de carreira, suas obras são marcadas pela crueza, pela violência e pela complexidade, expondo as nuances e as contradições da sociedade brasileira. O autor, que também é roteirista e crítico de cinema, possui uma vasta produção literária, sendo premiado em diversas ocasiões.
Neste artigo, selecionamos alguns dos melhores livros de Rubem Fonseca para você conhecer ou revisitar. São obras que retratam a violência urbana, o submundo do crime, a corrupção política, a condição humana e outros temas que fazem parte da realidade brasileira. Se você ainda não teve a oportunidade de ler Rubem Fonseca, prepare-se para mergulhar em histórias impactantes e surpreendentes.
Indice
Os 5 melhores livros de Rubem Fonseca: 🥇 dicas de leitura
Autor: Rubem Fonseca - Editor: Agir NF - ASIN: B009K8ZIPK
“O Seminarista”, do autor Rubem Fonseca, é uma obra literária que cativa desde a primeira página. Com sua narrativa envolvente e personagens complexos, o livro aborda temas como religião, ambição e a busca pela identidade.
Através de sua escrita perspicaz, Fonseca demonstra domínio da arte da palavra, transportando o leitor para atmosferas densas e problemáticas. A trama nos faz refletir sobre as contradições da sociedade e a fragilidade humana, deixando questionamentos relevantes sobre moralidade e ética.
Em suma, “O Seminarista” é uma leitura impactante e instigante, que mergulha nas profundezas da alma humana e nos prende até a última página. Este romance é uma excelente escolha para quem busca uma experiência literária desafiadora e reveladora.
Autor: Rubem Fonseca - Editor: Nova Fronteira - ASIN: 6556405655
O livro "Feliz Ano Novo - Clássico Para Todos" do autor Rubem Fonseca é uma obra inigualável da literatura brasileira. Com uma narrativa visceral e realista, Fonseca retrata a violência e a dureza da vida urbana de uma forma única. Os contos presentes nesta coletânea abordam temas como crime, paixão, solidão e vingança, nos levando a refletir sobre a essência da condição humana. A escrita de Fonseca é precisa e envolvente, fazendo com que cada história seja um mergulho profundo na alma de seus personagens. Sem dúvidas, este livro é indispensável para quem aprecia a literatura brasileira de qualidade.
Autor: Rubem Fonseca - Editor: Agir NF - ASIN: B009K91UCO
Review: O Cobrador, escrito por Rubem Fonseca, é um livro intrigante que nos transporta para um universo obscuro e complexo. Através de uma narrativa intensa e cheia de suspense, somos apresentados ao personagem central, um cobrador que vive à margem da sociedade.
A escrita singular de Fonseca nos envolve desde o primeiro capítulo, explorando temas como a violência urbana, injustiça social e corrupção. A trama é habilmente construída, com reviravoltas surpreendentes e personagens complexos que nos fazem questionar nossa própria moralidade.
Com uma linguagem crua e direta, o autor retrata com maestria a realidade das camadas mais vulneráveis da sociedade brasileira. O Cobrador é uma obra literária de alta qualidade, que nos faz refletir sobre a crueldade humana e os limites da justiça.
Recomendo este livro a todos que apreciam histórias impactantes e densas, escritas por um autor que domina profundamente a arte de contar histórias. Rubem Fonseca é um verdadeiro mestre da literatura brasileira, e O Cobrador é uma de suas obras mais memoráveis.
Autor: Rubem Fonseca - Editor: Nova Fronteira - ASIN: 6556401498
Amálgama é uma obra genial que exemplifica perfeitamente o talento e a habilidade literária de Rubem Fonseca. Através de contos envolventes e impactantes, o autor retrata de forma crua e realista a complexidade da sociedade brasileira.
Com uma narrativa afiada e uma linguagem precisa, Fonseca cria personagens marcantes e exploram temas como violência, corrupção e desigualdade social. Cada conto é uma imersão profunda na escuridão da alma humana, deixando o leitor reflexivo e perturbado.
A escrita de Fonseca é sombria e visceral, capturando a essência da vida urbana e seus aspectos mais sombrios. É um livro que desafia convenções e nos confronta com a realidade nua e crua, provando o porquê do autor ser considerado um dos grandes mestres da literatura brasileira contemporânea.
Autor: Rubem Fonseca - Editor: Nova Fronteira - ASIN: 6556401331
O livro "Feliz Ano Novo", escrito por Rubem Fonseca, é uma obra que evidencia a maestria do autor no gênero de contos. Com uma linguagem crua e direta, Fonseca aborda de forma intensa e impactante temas como violência, desigualdade social e corrupção. Através de personagens complexos e histórias envolventes, o autor consegue retratar a realidade brasileira de maneira contundente. Os contos exploram diferentes aspectos da natureza humana, revelando os abismos do ser humano e as relações de poder que permeiam a sociedade. A escrita de Rubem Fonseca é ágil e envolvente, prendendo o leitor do início ao fim de cada conto. "Feliz Ano Novo" é uma obra indispensável para quem aprecia literatura brasileira contemporânea que retrata de forma crua a realidade do nosso país.
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O caso Morel
- Fonseca, Rubem (Author)
- 200 Pages - 04/14/2023 (Publication Date) - Nova Fronteira (Publisher)
Conclusão
Em resumo, os melhores livros de Rubem Fonseca reafirmam seu lugar como um dos mais importantes escritores brasileiros contemporâneos. Sua habilidade em criar tramas complexas, personagens intrigantes e diálogos memoráveis é simplesmente inigualável. Além disso, sua capacidade de explorar temas sombrios e polêmicos com coragem e audácia torna sua obra ainda mais relevante e atual.
Seja ao abordar temas como violência urbana, corrupção, desigualdade social ou a vida na metrópole, Rubem Fonseca sempre nos desafia a pensar e refletir sobre o mundo em que vivemos. Se você ainda não leu nenhum de seus livros, não perca mais tempo - você certamente está perdendo uma das grandes vozes da literatura brasileira.
Outras informações
José Rubem Fonseca (Juiz de Fora, 11 de maio de 1925 — Rio de Janeiro, 15 de abril de 2020) foi um contista, romancista, ensaísta e roteirista brasileiro.
Formado em Direito, exerceu várias atividades antes de dedicar-se inteiramente à literatura. Em 2003, venceu o Prémio Camões, o mais prestigiado galardão literário para a língua portuguesa.
Rubem Fonseca nasceu em Juiz de Fora, Minas Gerais, em 1925. Era filho de portugueses transmontanos, emigrados para o Brasil. Residiu desde a infância no Rio de Janeiro. Graduou-se em Ciências Jurídicas e Sociais na Faculdade Nacional de Direito da então Universidade do Brasil, atual Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
Em 31 de dezembro de 1952 iniciou sua carreira na polícia, como comissário, no 16º Distrito Policial, em São Cristóvão, no Rio de Janeiro. Muitos dos fatos vividos naquela época e dos seus companheiros de trabalho estão imortalizados em seus livros. Aluno brilhante da Escola de Polícia, não demonstrava, então, pendores literários. Ficou pouco tempo nas ruas. Foi, na maior parte do tempo em que trabalhou, até ser exonerado em 6 de fevereiro de 1958, um policial de gabinete. Cuidava do serviço de relações públicas da polícia.
Na Escola de Polícia destacou-se em Psicologia. Em julho de 1954 recebeu uma licença para estudar e depois dar aulas desta disciplina na Fundação Getúlio Vargas, no Rio de Janeiro.
Escolhido, com mais nove policiais cariocas, para se aperfeiçoar nos Estados Unidos, entre setembro de 1953 e março de 1954, aproveitou a oportunidade para estudar administração de empresas na New York University. Após sair da polícia, Rubem Fonseca trabalhou na Light até se dedicar integralmente à literatura.
Designado pelo presidente da Light, do qual o escritor era assessor em 1962, Fonseca participou, como representante da empresa, do Instituto de Pesquisas e Estudos Sociais (IPÊS). No Instituto elaborou projetos com sugestões econômicas para o governo Goulart. Após o golpe militar de 1964, desligou-se imediatamente do IPÊS.[3]
Em 1976, um de seus livros mais importantes, Feliz Ano Novo, foi proibido de circular e de ser publicado, após decisão do então Ministro da Justiça, Armando Falcão, em 15 de dezembro daquele ano. A alegação seria de que a obra conteria matéria “contrária à moral e aos bons costumes”. Sobre esse episódio, o então secretário-geral do Ministério da Educação e posteriormente Ministro da Educação no governo Geisel, Euro Brandão, em ofício ao Ministro da Justiça afirmou que “quanto ao livro “Feliz Ano Novo”, de autoria de Rubem Fonseca, aprovou-se solicitação a V. Exa. para que faça sentir ao Senhor Ministro da Justiça o nosso aplauso pela providência adotada contra essa obra realmente representativa da obscenidade literária em nosso País”.[5]
Em 20 de julho de 1978, o então presidente da representação em Brasília da Associação Brasileira de Imprensa, Pompeu de Sousa, protestou ao diretor geral do Departamento da Polícia Federal, coronel Moacir Coelho, contra a proibição de outra obra de Rubem Fonseca, dessa vez o conto “O Cobrador”, vencedor do Prêmio Status de Literatura Brasileira 1978. Afirmou Pompeu de Sousa: “Ninguém ignora que Rubem Fonseca é um dos escritores mais importantes da literatura brasileira contemporânea, já antes atingido por outra medida de obscurantismo, com a apreensão de seu livro “Feliz Ano Novo”, o que, aliás, constitui objeto de ação judicial que o autor move presentemente contra o Ministro da Justiça. Igualmente notório é o alto valor intelectual da comissão julgadora do referido concurso, composta pelos escritores Antônio Houaiss, Ferreira Gullar e Gilberto Mansur, cujo trabalho, nesse particular, consistiu na leitura e seleção de cerca de dois mil contos. Trata-se – deve ser acentuado, ainda – de um prêmio que, pelo seu valor monetário, representa um dos poucos exemplos de estimulo material à produção literária, no Brasil. O ato da Censura – ainda mais tendo em vista que repete proibição idêntica contra o conto vitorioso em concurso semelhante, no ano anterior, de mesma revista, dessa vez da autoria de outro mestre do gênero,o escritor Dalton Trevisan – pode determinar uma retração da parte da editora prejudicada, como de outras, no sentido de manter ou estender tão louvável empreendimento. Por todas estas razões, Vossa Senhoria há de concordar que medidas dessa natureza contrapõem-se, na verdade, aos interesses nacionais, na defesa dos quais essa Representação da ABI aqui manifesta o seu protesto, assim como a expectativa de que, de futuro, não venham a repetir-se”.
Reconhecidamente uma pessoa que, como Dalton Trevisan, adora o anonimato, era descrito por amigos como uma pessoa simples, afável e de ótimo humor.
As obras de Rubem Fonseca geralmente retratam, em estilo seco e direto, a luxúria e a violência urbana, em um mundo onde marginais, assassinos, prostitutas, miseráveis e delegados se misturam. A história através da ficção é também uma marca de Rubem Fonseca, como nos romances Agosto (seu livro mais famoso) em que retratou as conspirações que resultaram no suicídio de Getúlio Vargas, e em O Selvagem da Ópera em que retrata a vida de Carlos Gomes, ou ainda A Cavalaria Vermelha, livro de Isaac Babel retratado em Vastas Emoções e Pensamentos Imperfeitos.
Criou, para protagonizar alguns de seus contos e romances, um personagem antológico: o advogado Mandrake, mulherengo, cínico e imoral, além de profundo conhecedor do submundo carioca. Mandrake foi transformado em série para a rede de televisão HBO, com roteiros de José Henrique Fonseca, filho de Rubem, e o ator Marcos Palmeira no papel-título.
Foi casado por 42 anos com Théa Maud Komel (1928-1997) e teve três filhos: Maria Beatriz, José Alberto e o cineasta José Henrique Fonseca.
Rubem Fonseca sofreu um infarto em seu apartamento no bairro Leblon no dia 15 de abril de 2020. Foi socorrido no Hospital Samaritano, mas não resistiu e veio a falecer.
Rubem Fonseca inaugurou algo novo na literatura brasileira contemporânea, que foi chamada, como brutalista, em 1975 através de Alfredo Bosi. Em seus contos e romances utiliza-se uma maneira de contar, na qual destacam-se personagens que são narradores. Várias das suas histórias (principalmente romances) são apresentadas na estrutura de uma narrativa policial com fortes elementos de oralidade. O fato de ter atuado como advogado, aprendido medicina legal, comissário de polícia, ter vivido no subúrbio do Rio de Janeiro teria contribuído para o escritor criar histórias do mundo parecido com o real dentro dessa linguagem direta. Provavelmente, devido a isso, vários de seus personagens de suas obra são (ou foram) delegados, inspetores, detetives particulares, advogados criminalistas, ou, ainda, escritores.
Além do tom bastante policial, em que existe – geralmente – um crime ou um mistério a ser desvendado, seus livros podem ser vistos como uma paródia do gênero policial tradicional, visto que os crimes do enredo são apenas “disfarces” de suas críticas a sua sociedade opressora do indivíduo. No gênero policial tradicional o mistério funciona como uma casca que encerra um caroço. Porém, a Rubem Fonseca interessa registrar o cotidiano terrível das grandes cidades e, simultaneamente, mostrar os dramas humanos desencadeados pelas ações transgressoras da ordem.
Persistem, apesar disso, algumas semelhanças entre literaturas de outros escritores, como Sir Arthur Conan Doyle (criador de Sherlock Holmes), que ele insere nos em sua obra , e fundir ela com seu jeito de escrever. Em ambos os autores, o enigma inicial fica por conta de um crime (na maioria das vezes, um homicídio) que gera toda um drama, mistério e tensão e fará com que o leitor se interesse pelo livro.
Outra semelhança, é o primeiro passo do investigador, (seja ele comum ou especialista, como Sherlock Holmes, Mandrake, Guedes, Mattos, etc.), que é quando o detetive vai ao local do crime em busca dos primeiros indícios que ajudaram no desencadeio do processo investigativo.
O que mais chama atenção na obra de Rubem Fonseca é a mentalidade dos bandidos. Em nenhum momento eles se sentem remorso ou culpa. São perversos e frios, venham dos estratos superiores ou das camadas populares. A relação entre herói e bandido está presente em seus livros, contudo, não é possível identificar exatamente quem é, pois seus personagens são muitos parecidos, fazendo com que, o leitor ache que todos sejam vilões.
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